O Santo André mostrou quinta-feira as duas novas caras do elenco para a temporada 2006: o zagueiro Emerson e o meia Juninho Cearense. Ambos foram emprestados pelo CRB. O primeiro iniciou a carreira na Portuguesa – foram dez anos de Canindé, entre 1994 e 2004. Lá, atuou ao lado do são-paulino Rafinha, um dos nomes pretendidos pelo Ramalhão. Depois, defendeu o Juventus e Marília. Em seguida, transferiu-se para Alagoas. “Sou paulista. Portanto, estou em casa. Conheço bem o Santo André, um time que evoluiu demais nos últimos tempos. Atualmente, é um clube que te dá visibilidade no futebol brasileiro. Bastaria citar os títulos conquistados aqui e ali, principalmente a Copa do Brasil (de 2004 contra o Flamengo). Isso te motiva a lutar muito mais na carreira”, garante.

Emerson Feliciano de Barros Freitas, 22 anos, chega consciente de que vai encarar uma briga muito acirrada na zaga. Ele sabe que o capitão Dedimar saiu para o Verdy Tokio, mas ficaram Diego Padilha, Da Guia e Gabriel, um verdadeiro trio da pesada. A concorrência não parece preocupá-lo. “Estou aqui para ajudar o Santo André a subir ainda mais”, avisa Emerson.

Juninho Cearense, não menos otimista do que o companheiro, confia no estilo de quem explora o ágil toque de bola e a velocidade na hora de arrancar do meio à frente. É assim que Regilson Saboya Monteiro Júnior, 25 anos, se impõe como poucos na frente dos beques implacáveis que tentam persegui-lo sistematicamente. O longo currículo inclui o Unibel-PI, São Bento de Sorocaba, Asa de Arapiraca, Fortaleza (dois acessos à Série A), futebol da Turquia, Atlético-MG, Marília e, ultimamente, o CRB. “Não vou estranhar o Campeonato Paulista. Peguei o jeito nos meus tempos de Marília”, lembra.

  

Contratempo – O técnico Roberto Cavalo comemorou a presença de Emerson e Juninho Cearense na Estância Santa Luzia, mas lamentou as contusões de Gabriel (joelho) e Diego Padilha (tornozelo). Aparentemente, os dois correm algum risco de não enfrentar o Paulista na abertura do Estadual. Tudo aconteceu no jogo-treino de quinta-feira contra o Grêmio Mauaense. O Santo André aplicou 2 a 1, gols de Leandrinho e Ramalho – este marcou um golaço de longa distância. Ambos iniciaram quinta-feira um rigoroso tratamento.

“Fora na estréia? Isso nunca. Penso que estarei bom até lá”, prevê Padilha. O caso de Gabriel incomoda o atento chefe, que torce pela rápida recuperação do xerife. “De repente, surgiu um estalo no joelho dele. Tomara que não seja nada mais sério”, disse Cavalo, que foge das polêmicas a respeito de azares. “Urucubaca, bruxas? Isso é pura bobagem. Acredito no trabalho”, jura o comandante, que hoje observa o Santo André diante de uma equipe coreana da segunda divisão. Os asiáticos também estão hospedados na Estância Santa Luzia para um intercâmbio que vai até o fim deste mês.