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Chicão faz treino coletivo com reservas e não gosta
28/09/2011 | 07:04
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Coletivo entre reservas e juniores geralmente não tem muita importância. Mas não foi o caso do treino de ontem no CT do Corinthians. Dois dos jogadores que ostentam certo prestígio entre a torcida participaram da atividade por opção do técnico Tite. Foi uma situação incomum para Chicão, capitão barrado do time, e Jorge Henrique, outrora titular.

Se Jorge Henrique encarou a atividade com certa naturalidade, com Chicão a coisa foi diferente. Nitidamente de cara feia, o zagueiro demonstrava certa falta de empenho e paciência. Por pelo menos duas vezes, em lance de jogo comum, Chicão não ficava preocupado e nem constrangido em isolar a bola para longe.

Tite observava o treinamento de longe ao lado de seu auxiliar Fábio Carille. O coletivo durou pouco mais de uma hora. O calvário de Chicão continuou após o fim da atividade, sob calor intenso. O preparador físico Fábio Mahseredjian chamou o zagueiro para trabalho físico à parte. Ele tinha de correr desviando de cones e tocar a bola para Mahseredjian. Chicão, que costumava morder a camisa para comemorar gol, agora olhava para o alto e mordia a camisa de cansaço.

O zagueiro perdeu espaço no time antes do clássico contra o São Paulo, sob a justificativa de estar em má fase técnica. Mas sua atitude de abandonar a concentração alegando não ter condições emocionais para ficar no banco de reservas não pegou bem. Tite, então, barrou o zagueiro também na vitória contra o Bahia, no domingo, no Pacaembu.

Agora, a ideia do treinador é relacionar Chicão para o próximo jogo - no domingo, contra o Vasco, no Rio de Janeiro. Mas Chicão ficará no banco de reservas, mesmo com Leandro Castán sendo dúvida.

Conselheiros com trânsito no departamento de futebol dizem que Chicão passa por espécie de castigo,  mas que ainda é considerado líder do time e que em breve voltará a ser titular. E que a decisão foi tomada para dar uma chacoalhada na equipe, que vinha mal e estava sendo pressionado pela torcida. A diretoria alega que a decisão de tirar Chicão do time foi opção de Tite e deu total apoio ao treinador. Mas vários dirigentes comemoram a decisão de colocá-lo no banco.

 

CHATEADO - Nas entrevistas que deu após perder o posto de titular, o zagueiro disse que dará a volta por cima e que tem história no clube. Mas não escondeu o fato de estar chateado demais com a situação. E que não quer ser tratado como vilão.

O contrato do zagueiro foi renovado no ano passado e termina em dezembro de 2013. A princípio, ninguém tinha dúvida de que Chicão continuaria no clube até o término do acordo. Mas essa mudança repentina de status pode alterar os planos do jogador, que poderia forçar saída no fim do ano. Entre os dirigentes a porta estará aberta porque consideram que Wallace foi contratado justamente para isso, como substituto dele.




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