Política Titulo Empreitada
Sozinho, PT confirma Maninho na busca por resgaste histórico

Sem aliados, petismo homologa chapa pura na tentativa de chefiar Diadema pela sétima vez

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
25/07/2016 | 07:10
Compartilhar notícia
Marina Brandão/DGABC


Sem a adesão de aliados, o PT de Diadema oficializou ontem a candidatura a prefeito do vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, e da ex-parlamentar Irene dos Santos como vice. O ato foi realizado na subsede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na presença de aproximadamente 500 pessoas, e tornou oficial a empreitada petista na corrida pelo comando do Paço. O cenário é bem diferente no comparativo ao pleito anterior, quando o projeto promovia candidatura de reeleição do então prefeito Mário Reali (PT). No mesmo local, 1.500 pessoas prestigiaram o ato político e o bloco de alianças agrupava 15 siglas.

O fato foi minimizado tanto por Maninho quanto por Irene, que focaram discursos no legado petista na cidade – legenda administrou o Executivo por seis gestões nos últimos 30 anos –, além de duras críticas ao atual governo do prefeito Lauro Michels (PV). A primeira vitória do PT em eleição ocorreu em Diadema, com Gilson Menezes (hoje do PDT), em 1982. Depois disso, conquistou êxitos com José Augusto da Silva Ramos – atualmente no PSDB –, em 1988 , em três oportunidades com Filippi (1992, 2000 e 2004) e uma com Reali, registrada em 2008.

“A nossa coligação se dá com os sindicatos, movimentos sociais e com o povo que busca a volta de administração democrática. Neste primeiro momento, ficou dessa forma a composição. Agora, é possível que se forme chapa auxiliar de vereadores, mas apenas para apoiar o projeto”, pontuou Maninho.

Perto de formalizar convenção, o PT perdeu o apoio apalavrado do PTB para a eleição, justamente depois de confirmar chapa pura ao pleito municipal. Nos bastidores, a sigla tem estreitado diálogo com parceria com o PTdoB.

“O que quero enfatizar hoje é o fato de ver pela primeira vez o nosso partido oficializar uma mulher na chapa majoritária. Temos políticas públicas comprovadas que transformaram a cidade, contra uma atual administração que desconstruiu tudo isso. O que tenho visto é uma rejeição jamais vista a esse prefeito”, citou Irene.

Ao longo dos últimos meses, o petismo de Diadema viveu a incerteza quanto ao seu representante no processo. Filippi tinha a preferência do diretório, até mesmo de lideranças nacionais, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-prefeito atenuou o caso. “Acho que isso está superado (defesa do nome). Farei 24 horas por dia essa campanha. Meu comportamento será de um militante, ex-prefeito e dirigente do partido. Vamos elaborar um plano, com agenda específica. Serão três lideranças para contribuir com o Maninho: eu, Reali e (deputado federal) Vicentinho. Vamos centralizar em alguns momentos e descentralizar em outros”, observou Filippi, comentando sobre questionamento de sua ausência na campanha de reeleição de Reali em 2012.

Sobre a perda de aliados, o ex-prefeito também contemporizou a situação. “O PT está sendo vítima de uma campanha de criminalização, para desconstruí-lo e isolá-lo. Aqui em Diadema, isso não preocupa. O nosso primeiro objetivo foi sair (para campanha eleitoral) com unidade interna. Não estamos desprezando outras forças políticas. Quando estávamos no poder tinham muitas siglas que se aproximavam de nós que nem conseguíamos identificar.”
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;