O PSDB de São Caetano apostará nas duas administrações do ex-prefeito José Auricchio Júnior (de 2005 a 2008 e de 2009 a 2012) para tentar retornar ao comando do Palácio da Cerâmica. O tucanato oficializou a pré-candidatura do ex-gestor ao Paço, em convenção realizada ontem pela manhã, na Câmara.

A escolha do partido por chapa pura também foi confirmada com o vereador Beto Vidoski (PSDB) ocupando o posto de vice. As pré-candidaturas a vereador do tucanato e de siglas aliadas (PPS, PSD, PSB PSDC e PPL) também foram homologadas. “É um marco que se inicia, teoricamente oficializamos as candidaturas e damos start na campanha, embora saibamos que eleição mesmo é só (a partir de) agosto. Hoje (ontem) é a coroação do evento da democracia”, avaliou Auricchio, que chegou ao ato acompanhado de Vidoski, da mulher e dos filhos.

Além de familiares de diversos pleiteantes à vereança, a convenção reuniu lideranças tucanas da cidade, como o ex-prefeito Antônio José Dall’Anese (1993-1996), e da região, representado pelo ex-prefeito de Ribeirão Pires e pré-candidato do PSDB à Prefeitura de Mauá, Clóvis Volpi.

O PSDB são-caetanense volta a integrar a corrida municipal após hiato de 16 anos sem lançar nomes próprios às disputas locais. Depois de apoiar Auricchio nas eleições de 2008 e de 2012, o partido filiou o próprio ex-prefeito para tentar retomar o poder. Dall’Anese foi eleito pelo PTB e no meio do mandato migrou para o tucanato.

A sigla, longe da Prefeitura há 20 anos, amarga fracasso nas urnas desde então. No processo eleitoral de 1996, não conseguiu emplacar sucessor do tucano – nome do partido na oportunidade e no pleito de 2000, Cláudio Demambro perdeu para Luiz Olinto Tortorello, do PTB – e, de lá para cá, sequer elegia vereadores. O inferno astral se encerrou no páreo passado, quando angariou uma cadeira na Casa, com Beto Vidoski.

Escolhida por Auricchio para concorrer à sucessão, em 2012, Regina Maura Zetone (PSDB) também compareceu ao evento, mas teve aparição tímida. A hoje tucana cogitou ser candidata a vereadora para puxar votos para a legenda, mas desistiu para apoiar o candidato Dr. Cristiano Gomes.

ACIRRAMENTO
O ex-prefeito comentou sobre o acirramento da disputa eleitoral passada e negou que o tom da campanha possa subir neste ano. “No que depender da gente, não. Nós queremos debater propostas, comparar modelos, projetos e gestões. A disputa tem que ser democrática, no voto. O eleitor tem de ser respeitado. Quem quiser baixar o nível não vai ter a nossa resposta”, assegurou o tucano, que também minimizou impasse jurídico que envolve sua candidatura. O tucano teve as contas de 2012 rejeitadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), porém conseguiu reverter a situação na Justiça.