Cerca de 300 empresários, gestores e profissionais da indústria automotiva, especialmente de ferramental, participaram ontem do 9º Encontro Nacional de Ferramentarias, realizado no Senai Mário Amato, em São Bernardo.

Políticas federais para o setor produtivo, experiências bem sucedidas, inovação, desafios, história e futuro das empresas da área foram temas pautados durante o dia. “São Paulo é o maior polo de ferramentarias do País, com cerca de 1.000 empresas. São Bernardo é logisticamente o centro deste adensamento. Para nós, foi uma satisfação trazer o evento para cá. O objetivo é promover integração, troca de culturas, de possibilidades, das melhores práticas, sendo, dessa forma, experiência benéfica para todos”, afirmou o presidente da Abinfer (Associação Brasileira da Indústria de Ferramentais), Christian Dihlmann.

Presente na abertura do encontro, o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, professor Joaquim Celso Freire, falou sobre a importância do debate para estimular a busca por soluções, especialmente neste momento desafiador para a economia do País. “Também devemos lembrar que os assuntos aqui colocados estão permanentemente em pauta na região por meio do Arranjo Produtivo Local de Ferramentaria do Grande ABC, grupo que faz importantes contribuições ao setor”.

Destaque da programação, a diretora do departamento das indústrias para a mobilidade e logística do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), Margarete Gandini, apresentou resultados do atual ciclo da política automotiva e desafios que se colocam para o próximo período. “O que se destacou foram os avanços em termos de pesquisa e desenvolvimento, e a parte da eficiência energética. Temos a clareza, entretanto, de que precisamos avançar mais nessas linhas, especialmente frente aos grandes desafios tecnológicos que se colocam para a indústria na próxima década”, assinalou.

Margarete observou, ainda, que a questão da segurança veicular e da conectividade dos veículos seguirá pautada no processo de construção do novo ciclo de políticas para o setor, que já inclui debates sobre as possibilidades de formatação da segunda fase do Regime Automotivo Inovar Auto. “Estamos fazendo reuniões com representantes de montadoras, autopeças e demais representantes de governo para discutir o contexto da indústria automotiva brasileira.”