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Feijão encarece pela 10ª semana seguida no Grande ABC

Preço do quilo já subiu 140% desde o início de maio, e hoje é vendido, em média, por R$ 8,11

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
15/07/2016 | 07:14
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Divulgação


O quilo do feijão segue em escalada desde o início de maio e vem apresentando, pela 10ª semana seguida, elevação nos preços praticados nos supermercados do Grande ABC. De lá para cá, o grão já encareceu 140%; o valor subiu de R$ 3,38 para R$ 8,11. Isso é o que aponta levantamento da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), realizado semanalmente.

Somente no último mês, o preço do feijão saltou 65% nas prateleiras, de R$ 4,91 para os atuais R$ 8,11. A diferença, de R$ 3,20, era suficiente para comprar um quilo na segunda semana de fevereiro. Em sete dias, encareceu 6,4%. A pesquisa considera as marcas mais baratas nos estabelecimentos, e toma como base o feijão-carioquinha. Produtos de melhor qualidade, entretanto, custam entre R$ 13 e R$ 15.

Segundo o técnico agrícola da Craisa José Marcelo Lisboa, os preços nas alturas se devem ao excesso de chuvas do início do ano, o que prejudicou o a colheita e, consequentemente, reduziu a quantidade do produto a ser comercializada. Além disso, ao longo de 2015, o preço médio do grão ficou baixo, com o quilo a menos de R$ 3, o que desestimulou os agricultores a investir no plantio. Com a safra menor, e a demanda aquecida, os valores seguem altos. “Infelizmente, essa tendência deve durar até o início da safra de verão.”

Para tentar driblar o cenário, e economizar, sugestão é trocar o produto por outras modalidades, a exemplo do feijão preto, cujo quilo sai em torno de R$ 7.

NA CONTRAMÃO - A boa notícia é que, por outro lado, os custos da batata, do tomate, da alface e da cebola estão menores. Nesta semana, o quilo da batata caiu 15,73%, passando de R$ 6,04 para R$ 5,09. Se comparado com o início de maio, quando chegava a R$ 7,12, a redução é de 28,5%. “A retração de preço é ocasionada, principalmente, pelo início da safra no Estado, em Vargem Grande do Sul, o que diminui o valor do frete. Como há previsão de grande safra, isso gera tendência de custos mais baixos para as próximas semanas”, diz Lisboa.

O tomate recuou 7,8%, baixando de R$ 4,47 para R$ 4,12. Dois meses e meio atrás, o quilo saía por R$ 4,98 – diminuição de 17,2%. A alface barateou 4,01%, de R$ 2,74 para R$ 2,63. No início de maio, porém, o maço era vendido por R$ 2,26, alta de 16,3%. A cebola, embora tenha subido de R$ 2,66 para R$ 2,86 em sete dias, está 41,75% mais em conta que em maio, quando chegava a R$ 4,91.

A cesta básica está custando R$ 579,34, alta de 0,84% ante a semana anterior.
 




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