Ex-prefeito de São Caetano e pré-candidato ao Paço pelo PSDB, José Auricchio Júnior anunciou ontem o vereador e presidente do tucanato municipal, Beto Vidoski, como candidato a vice em sua chapa. Em reunião da executiva do partido, realizada à noite, os dois oficializaram a dobrada pura, com vistas à eleição de outubro.

Auricchio sustentou que a escolha pelo nome do parlamentar foi “consenso entre os partidos aliados”. “Quando você tem uma candidatura em construção, as forças políticas têm desejo de participação (na chapa). Isso é legítimo e democrático. Não foi diferente conosco. Assim como esse consenso foi construído no PSDB, também foi construído dentro do bloco de partidos aliados e todos os presidentes (das legendas) aceitaram de forma unânime a chapa pura, sobretudo do nome do Beto”, argumentou o ex-prefeito.

Nos bastidores, a escolha gerou frustração por parte do vereador Edison Parra (PSB), que era o único de fora do tucanato que pleiteava publicamente o cargo de número dois na chapa de Auricchio. O ato de ontem que oficializou o nome de Vidoski, inclusive, ocorreu dias depois de Parra intermediar encontro entre Auricchio e o presidente estadual do PSB, o vice-governador Márcio França. Auricchio sustentou que o mandatário da sigla socialista não condicionou o apoio do PSB à dobrada com o partido na chapa majoritária. O ex-prefeito agradeceu nominalmente Parra e o vereador Marcel Munhoz (PPS) por “abraçarem o projeto”.

Publicamente, Auricchio conservava o discurso de que o PSDB tinha condições de sair com chapa pura, mas internamente abria espaços para que os partidos aliados indicassem nomes à vaga e só tinha intenções em anunciar seu vice às vésperas da convenção, que ocorrerá no dia 24 de julho. Mas o ex-prefeito teve de cumprir ata formulada entre os diretórios municipal e estadual do PSDB, que decretava chapa pura na cidade.

No ninho tucano, outros dois nomes eram ventilados para o cargo: o do ex-reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Silvio Minciotti e o do ex-secretário de Segurança da gestão de Auricchio Moacyr Rodrigues. O primeiro era o preferido dos integrantes do comando do PSDB são-caetanense, enquanto que o segundo era o indicado por Vidoski – o parlamentar é genro do ex-secretário.

Para manter o espólio eleitoral no Legislativo, Vidoski apoiará o irmão, Eduardo, na corrida por cadeira na Câmara. “Assumo esse compromisso muito feliz. É uma responsabilidade muito maior. Tínhamos um entendimento de que meu nome era importante na chapa de (candidatos a) vereador, mas é um grupo que está pronto para ir às ruas para eleger o maior bancada da cidade”, disse Vidoski. Em 2012, o tucano foi o vereador mais votado de São Caetano, com 3.026 adesões.