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Relator da CPI explica por que isentou diretores da Anac
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
26/09/2007 | 13:21
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O relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Apagão Aéreo da Câmara, Marco Maia (PT-RS), defendeu nesta quarta-feira seu relatório final, criticado por parlamentares da oposição por não haver pedido de indiciamento doa diretores da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), apesar dos indícios de irregularidades apurados pela CPI.

"Acho normal e natural que a oposição se preocupe agora em disputar a versão do relatório, não seria diferente isso em qualquer circunstância", disse, em entrevista à TV Nacional. Maia alega que optou por um relatório “técnico, objetivo”, "com propostas concretas para superar a crise do setor aéreo" e não para fazer "disputa política".

"Os parlamentares mesmo da oposição entenderão que o relatório que nós apresentamos é fruto daquilo que discutimos durante esses últimos cinco meses e que dão conta de um bom diagnóstico sobre a crise aérea e o que foram os fatores determinantes e contribuintes para essa crise e também aponta sugestões de soluções para muitos dos temas que nós identificamos como responsáveis por esta crise no setor aéreo brasileiro", explicou ele.

Maia afirmou que as investigações seguirão em outras instâncias, como o Ministério Público: "Algumas investigações vão prosseguir, identificando e apontando as responsabilidades com precisão, sejam coletivas ou individuais, como no caso da Anac".

Ao optar por não indiciar ninguém da Anac, em especial a ex-diretora da agência Denise Abreu, Maia afirma que fez a opção de mandar ao Ministério Publico todas as informações que colhidas em relação ao comportamento dos dirigentes da Anac para que o Ministério Público aprofunde as investigações e determine qual a tipificação para cada um dos casos, para cada um dos diretores.

"É uma medida, é claro, menos espetaculosa, porém mais concreta, e eu diria, efetiva", disse o deputado,  justificando a opção também pelo tempo exíguo que a CPI teve para trabalhar. Para Maia, o "grande resultado" da CPI foi produzir "propostas concretas para superar a crise do setor aéreo brasileiro".

Os deputados decidiram prorrogar os trabalhos da comissão por mais cinco dias, para haver tempo para votar o relatório. Além disso, foi concedido um pedido de vistas coletivo do documento.

Os parlamentares terão o prazo de duas sessões ordinárias para analisar o documento. Como não há sessão ordinária marcada para os próximos dias, a votação do relatório só deve acontecer na semana que vem.



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