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Ao contrário do esperado, eleição evita polêmica
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
15/09/2011 | 07:39
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Num momento em que os ânimos estão cada vez mais inflamados pela proximidade do processo eleitoral e após sessões tumultuadas pela votação da mudança do sistema de previdência, a Câmara de São Bernardo vivenciou ontem uma plenária morna.

Curiosamente, o motivo da calmaria foi eleitoral. O principal projeto de lei aprovado foi o que versa sobre pagamento da dívida da Prefeitura com a Faculdade de Direito no valor de R$ 69,7 milhões. De acordo com a matéria, o Executivo dará R$ 15,2 milhões para quitação do prédio da autarquia, destinará R$ 10 milhões para a construção de biblioteca e pagará R$ 44,5 milhões em 130 parcelas.

O débito com a instituição de ensino foi contraído em 2004, quando o Paço, comandado por William Dib (PSDB - 2003 a 2008), apropriou-se dos R$ 55,2 milhões disponíveis nos cofres da faculdade. Os recursos, porém, não foram empregados na construção de campus para a entidade, conforme estabelecia convênio.

Ou seja, a dívida foi criada na gestão anterior, mas está sendo paga pela atual, sob tutela de Luiz Marinho (PT). Seria um prato cheio para os governistas atacarem a oposição, pois se enfrentarão no pleito do ano que vem. Mas não foi isso que ocorreu. "Quem casa com viúva cria os filhos. E outra: estamos num processo delicado, porque até o dia 7 muita água vai passar debaixo dessa ponte", avaliou o vereador José Ferreira (PT), ao referir-se à data limite para filiações e criação de partidos, para serem válidas na eleição de 2012.

A estratégia foi evitar críticas e polêmicas para não afastar possíveis aliados, como PSB e PMDB que fizeram parte da administração anterior e são siglas que podem integrar o arco de alianças de Marinho no ano que vem. "Todos sabem do acordo que foi feito em 2004. Foi tudo feito legalmente, não tem motivo para polemizar", ponderou o tucano Admir Ferro (PSDB).




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