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Violência no Cáucaso do Norte preocupa Moscou
Da AFP
22/07/2005 | 15:55
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A violência no Cáucaso do Norte escapa cada vez mais ao controle de Moscou. Os atentados e conflitos são consequência da rivalidade étnica existente no Daguestão.

Devido a esta situação, o presidente Vladimir Putin viajou ao Daguestão na semana passada, uma visita mantida em segredo por motivos de segurança, como um deslocamento em zona de guerra. "A situação é extremamente perigosa. A violência se desencadeia principalmente no Cáucaso como um conflito ameaçador, de grande envergadura", declarou Serguei Aroutiounov, do Instituto Etnográfico de Moscou.

Na Chechênia, onde segundo Vladimir Putin "não há mais guerra há três anos", 80 mil soldados russos continuam na região desde 1999, as mortes de militares e de civis são cotidianas e não suscitam mais protestos do Ocidente. Portanto, a situação não mudou. Os separatistas atacam por todos os lados, até mesmo no noroeste supostamente fechado sob controle dos russos, como na terça-feira em Znamenskoie onde 15 pessoas morreram.

Na Inguchétia, mais de 140 pessoas desapareceram no ano passado, seqüestradas em suas casas ou na rua, quase sempre por membros das forças de ordem mascarados. Desaparecem aqueles que são suspeitos de pertencerem a grupos rebeldes, alguns cujo nome foi pronunciado sob tortura por um vizinho detido sem motivo durante uma incursão. Os que são encontrados vivos são geralmente libertados depois do pagamento de resgate.

No Daguestão, os atentados se tornaram uma forma de expressão comum. Geralmente contra a polícia. Quanto às forças de ordem, elas destroem à tiros as casas onde supostamente podem ser encontrados rebeldes ou terroristas.

Tropas do Ministério do Interior foram enviadas em reforço. E Putin pediu que sejam reforçadas as fronteiras com o Cazaquistão, a Geórgia e o Azerbaijão. Cerca de 2,5 bilhões de dólares devem ser enviados para estas regiões.




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