O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), enviou à Câmara ontem, para ser votado em regime de urgência, projeto de lei que cria 150 cargos efetivos. O Legislativo aprovou a medida em primeiro turno na sessão de ontem e apreciará o texto em definitivo na próxima semana.

Por conta da legislação eleitoral, que veda a contratação de servidores três meses antes do pleito, o presidente da Casa, José Dourado (PSDB), convocou sessão extraordinária para segunda-feira.

A medida cria 95 cargos de agente de serviços de cozinha um, cujo salário é de R$ 936,86, e 55 de agentes de cozinha dois, com remuneração de R$ 1.300,72. No projeto, o Paço alega que a contratação se faz necessária para substituir servidores terceirizados, responsáveis pela alimentação da rede municipal de ensino. O assessor especial do governo, Laércio Soares (PCdoB), informou que o contrato, celebrado de forma emergencial, vencerá no dia 3.

Sem especificar números, Laércio sustentou que o impacto financeiro na folha de pagamento “será mínimo”. Sem os encargos sociais, a Prefeitura desembolsará R$ 1,92 milhão por ano só com os salários.

O Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), porém, questiona a criação de funções de categoria um e quer que a administração refaça o projeto, com reajuste no subsídio dessas funções. A Prefeitura já realizou concurso para seleção desses profissionais, que eles só poderão ser chamados após a criação dos cargos, O oposicionista Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), condicionou o apoio da oposição à medida à alteração nos salários.

No fim da sessão, Maninho, que é pré-candidato do PT ao Paço, se reuniu com lideranças do PTB estadual. A sigla é cotada para ocupar a vaga de vice em sua chapa.