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Sessão de Mauá terá outra vez polêmica sobre nome de escola
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
29/06/2010 | 09:31
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A última sessão do semestre da Câmara de Mauá não deve reservar grandes novidades. O único projeto de lei do Executivo mauaense na ordem do dia (pauta de votação de projetos) de hoje é o que propõe a denominação de duas escolas. Na semana passada, a matéria entrou em caráter de urgência e, por isso, não constava na pauta. Porém, o item já rendeu muita polêmica entre os vereadores por envolver a família Damo e a gestão Oswaldo Dias (PT).

De acordo com a propositura, foram construídas duas escolas junto à Secretaria de Educação e a proposta é que uma delas tenha a denominação de Professora Jeanete Beauchemp, localizada no bairro Feital e a segunda, localizada no jardim Elizabete, deve se chamar professora Patrícia Martinelli Ferreira Panigalli.

O impasse é que ao contrário do que diz o documento, alguns vereadores, inclusive três da situação, afirmam que em vez de construída nova escola, o prefeito Oswaldo Dias (PT) rebatizaria a escola que, atualmente, leva o nome de Clotilde Alvares Doratiotto, que morreu em 2004, sogra do ex-prefeito de Mauá, Leonel Damo (sem partido) e avó materna da deputada estadual Vanessa Damo (PMDB).

Por sua vez, o Executivo propõe a colocação do nome da ex-secretária de Educação, Jeanete Beauchamp, que morreu em 2009 e ocupou a Pasta de 1997 a 2000, durante gestão de Oswaldo (1997-2004) no prédio que fica ao lado da escola e que defendem a maioria dos governistas tratar-se de um anexo.

O equipamento teria sido erguido ao lado para atender a ampliação no número de vagas. O prédio com o nome de Clotilde, segundo o líder governista, Rômulo Fernandes (PT), será transformado em Cras (Centro de Referência de Assistência Social). "O novo equipamento é separado do outro por uma viela e não haverá mudança de nome, apenas de função", explicou.

O presidente da Câmara, Rogério Santana (PT), disse que discussões do tipo sempre ocorrem, mas que não seriam necessárias. "Explicamos bastante que não muda o nome, é uma nova escola. É confusão sem muita necessidade. Muito barulho por nada."

Para o oposicionista e autor da lei que deu o nome de Clotilde à escola, Atila Jacomussi (PV), a utilização do espaço para outra função ainda não foi definida nem está garantida. "Não há projeto. É lamentável essa situação. Nada mais é que disfarce para que o Oswaldo apresente como sua obra do governo anterior." O verde continuou a classificar a proposta como "perseguição política. É ato baixo, muito pequeno."




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