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Presidência da Câmara deve ficar com petista
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
26/06/2010 | 07:01
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A presidência da Câmara de São Bernardo para o biênio 2011-2012 deverá ficar com um dos seis integrantes do PT, partido de maior bancada da atual legislatura, com seis parlamentares. O problema será definir internamente o nome para a sucessão de Otávio Manente (PPS).

O popular-socialista teve apoio do bloco petista para ser eleito em 1º de janeiro de 2009 - também teve adesão do DEM e do PTdoB, legendas que integram a base aliada. Estava em jogo acordo efetivado na eleição de 2008.

O PPS teve candidato próprio ao Paço: o deputado estadual Alex Manente. Para aderir à candidatura de Luiz Marinho (PT) no segundo turno, a cúpula popular-socialista teria negociado a presidência do Legislativo no mandato 2009-2010, o comando de uma secretaria e apoio à reeleição de Alex.

O compromisso eleitoral não teve total aprovação do grupo petista, composto por vários segmentos internos. Mas Marinho tomou as rédeas da situação e orquestrou o bloco para fazer valer o tratado.

Ao menos no que diz respeito à Câmara, as condições do PPS seriam finalizadas até dezembro deste ano. E o próximo mandatário da Casa teria de ser do PT. Um verdadeiro toma lá, dá cá.

Esse é o quadro, mas as discussões ainda estão frias. O líder do governo, Tião Mateus (PT), ressalta que "é prematuro" discutir essa questão agora. "Temos ainda uma eleição federal e estadual pela frente. Estamos dialogando tranquilamente com outros partidos para criar condições de termos o PT no comando do Legislativo. Mas ainda é cedo para bater o martelo."

Oposição - A atual situação da oposição na Câmara de São Bernardo é bem diferente daquela que definiu Otávio Manente presidente, em janeiro do ano passado. Os vereadores contrários à gestão petista somavam dez integrantes. Já a base favorável ao governo tinha 11 - sendo que o residente não vota, o que empataria as bases.

Com a mudança de lado de Pastor Ivanildo de Santana (PSB) e Vandir Mognon (PSB), o placar é de 13 a oito para a administração. O que leva a oposição a aguardar o que será feito pelo lado adversário.

"Por enquanto não estamos pensando nisso. Agora somos minoria. Vamos deixar eles brigarem por lá", admite o líder da oposição Ary de Oliveira (PSB).

O que resta ao grupo contrário ao Executivo é torcer por desentendimentos dos aliados de Marinho - nos bastidores comenta-se que, em algumas ocasiões, em simples reuniões de bancada sobre projetos de lei encaminhados da Prefeitura o clima fica quente e os debates se acirram.

Assim, os oito integrantes poderão lançar um nome e surpreender. "Hoje eles não têm unanimidade", acredita o socialista.

Mas será difícil ocorrer um racha na bancada governista, porque o comando do Legislativo é importante para definição da pauta de projetos, de nomeações a cargos comissionados e a administração de orçamento de aproximadamente R$ 50 milhões anuais.




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