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Ídolos do futebol trocam campo por disputa eleitoral

Sandro Gaúcho, ex-Sto.André, e Anderson Lima, ex-S.Caetano, se candidatarão a vereador em outubro

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
29/05/2016 | 07:57
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Celso Luiz


Acostumados com as disputas dentro de campo, dois ex-jogadores de futebol do Grande ABC voltarão a enfrentar adversários em outubro. Desta vez, nas urnas. O atacante Sandro Gaúcho (PMB), que fez carreira no Santo André, e Anderson Lima (PR), lateral-direito do São Caetano, serão candidatos pela primeira vez a vereador nas cidades onde foram ídolos no esporte.

Sandro teve várias passagens pelo Ramalhão, por onde pendurou as chuteiras. Atuou no clube andreense em 2001, 2004, 2005 e 2007. Participou da inédita conquista do clube na Copa do Brasil, em 2004, e, como técnico e treinador auxiliar do time em 2008. Em 2011, ajudou a equipe a conquistar o Campeonato Paulista da Série A2. Filiou-se ao PMB, sigla da vice-prefeita Oswana Fameli, que integrará o arco de alianças do prefeito Carlos Grana (PT).

O ex-atleta do Santo André diz que decidiu ingressar na carreira política após apelos da família e amigos. Se eleito, promete priorizar projetos na área do esporte durante o mandato, mas quer ligá-los à área social. “A ideia é trabalhar para melhorar e potencializar o esporte da cidade, desde o amador até o competitivo. Temos a liga de futebol amador que precisa de estrutura melhor para treinar os jovens”, avalia, ao citar o fomento ao esporte como combate à criminalidade. “O esporte é forma de inserir as crianças e adolescentes no caminho certo. Sabemos que, se eles estiverem praticando qualquer esporte, estarão longe de pensar em fazer coisa errada.”

O mesmo pensamento é compartilhado por Anderson, que tentará vaga no Legislativo na chapa que terá o vereador Fabio Palacio (PR) como prefeiturável. O agora republicano fez carreira no São Caetano em 2004 e voltou ao clube em 2006, após atuar no japonês Albirex Niigata – ficou no time são-caetanense até 2007. E a experiência adquirida com o futebol oriental que o ex-atleta quer colocar em prática.

Uma das ideias do ex-jogador é resgatar o interesse do torcedor do São Caetano pelo clube. “Lá no Japão eu joguei em um time que era mediano (em termos de importância) e mesmo assim o clube levava em torno de 40 mil torcedores ao estádio. Tudo isso porque havia incentivos ao público, eles davam mais acesso aos ingressos e criavam interesse pelo esporte.”

Anderson também cita a necessidade de mudança no tratamento ao atleta de alto nível, como o caso do ginasta Arthur Zanetti, campeão olímpico (Londres, 2012) e mundial (2014), que é de São Caetano. “Precisa dar melhores condições para que atletas como ele possam continuar a treinar na cidade”.

Tanto Sandro quanto Anderson sabem da dificuldade na disputa por cadeira na Câmara – o primeiro tentará uma entre 21 vagas e o segundo, uma das 19. Ambos, porém, acreditam na vitória. “Às vezes, íamos para um jogo achando que estava perdido, mas no fim acabávamos ganhando”, compara o ex-atleta do São Caetano. 




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