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Moradores reclamam de infiltrações em unidades da CDHU

Problema existe desde entrega de apartamentos, há quase 12 anos; companhia diz que responsabilidade é do condomínio

Natália Scarabotto
Especial para o Diário
25/05/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Infiltração de água gera problemas aos moradores de conjunto habitacional da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) na Estrada do Rufino, no bairro Serraria, em Diadema. A situação existe desde que o condomínio foi entregue e está se agravando.

Segundo moradores, o problema persiste há quase 12 anos porque as caixas de esgoto não foram vedadas. “Fizeram tudo malfeito e agora quem fica com o prejuízo é a gente . Arrumar o encanamento vai sair uma fortuna, não temos esse dinheiro”, diz a síndica, Margarete Chrisostomo.

Conforme a legislação federal (Lei 10.406/2002 artigo 618), nos contratos de edifícios ou outras construções, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos pela solidez e segurança do trabalho, tanto em razão dos materiais como do solo.

A infiltração afeta as oito torres, que abrigam 160 apartamentos. Dois desses prédios estão com um buraco embaixo da estrutura. Os condôminos taparam com plástico e duas pedras para tentar amenizar o problema quando chove. Mas a sensação é de insegurança. “O buraco está aumentando. Morro de medo disso aqui desabar. Nem durmo à noite”, conta a síndica. A infiltração já gerou despesas. Em dezembro, o piso do apartamento de Margarete estourou e foram gastos R$ 2.000 no conserto.

Nos outros blocos, os problemas são variados. Há parede rachada, pisos afundando, tampas da caixa de esgoto danificadas e cheiro forte. “Esse fedor de esgoto sobe direto para a janela da minha cozinha. Imagina cozinhar ou comer com aquele cheiro horrível. É um total descaso com a gente”, reclama um morador, que vive no conjunto há oito anos, mas não quis se identificar.

A CDHU afirma que os problemas são referentes à manutenção predial e condominial, responsabilidade do condomínio e dos moradores. Em fevereiro, a companhia informou ter realizado vistoria no local, na qual constatou que não há danos estruturais nem construtivos. Margarete afirma que já recorreu à empresa diversas vezes para tentar resolver a situação. “Sempre dizem que não é problema deles, então, de quem é? Eles entregaram assim. Como o problema pode ser nosso se não terminamos nem de pagar os apartamentos ainda? Não temos escritura. O imóvel não é nosso.” 




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