Política Titulo
Paulistanos aprovam estatização dos bingos
Roney Domingos
Do Diário do Grande ABC
13/03/2004 | 20:20
Compartilhar notícia


A maioria dos paulistanos aprovaria a transformação das casas de bingo em estabelecimentos estatais, controlados pelos governos e pela Caixa Econômica Federal. É o que revela a pesquisa realizada pelo Instituto Brasmarket que ouviu 1.269 moradores da capital entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março.

O levantamento também mostrou que a população está bastante dividida quanto à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que determinou o fechamento dos estabelecimentos por meio de MP (Medida Provisória): 22% apóiam totalmente a medida, 35,9% apóiam apenas em parte e 38,4% são contra o fechamento dos bingos. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Mais da metade (54%) dos entrevistados respondeu que se fossem legalizadas, as casas de jogo de bingo deveriam ser administradas diretamente pela Caixa Econômica e pelos governos estaduais, como ocorre com as loterias.

Outros 23% responderam que a administração deveria ficar sob responsabilidade da iniciativa privada (clubes e empresas) sendo apenas melhor fiscalizadas pelo governo.

Uma parcela de 9,9% dos entrevistados declarou que é rigorosamente contra qualquer tipo de jogo e igual número revelou-se indiferente à discussão. Apenas 3,6% dos entrevistados não souberam responder.

Bingos – Também é clara a preferência dos paulistanos pela legalização dos bingos e do jogo do bicho, embora haja uma tensa divisão quando a pergunta refere-se à legalização dos cassinos.

Enquanto 72,3% declaram-se a favor da legalização dos bingos, apenas 16,6% se dizem contra uma eventual medida neste sentido e outros 11% não sabem a resposta.

Quando o assunto são os cassinos, os números revelam uma evidente divisão entre os que são a favor (44,4%) e contra a idéia (45%) enquanto apenas 10,5% não sabem a resposta.

Proibido, mas largamente disseminado nos bares da periferia, o jogo do bicho tem sua legalização defendida por 52,5% dos paulistanos enquanto 37%,3% são contra e 10,1% não sabem o que dizer a respeito.

Apesar da intensa divulgação que o caso recebeu na mídia, a maioria dos paulistanos considera-se “mais ou menos” informada sobre, de acordo com a pergunta, “as recentes denúncias de um alto funcionário do governo chamado Waldomiro Diniz que foi gravado em 2002 pedindo contribuições para campanhas do PT e propinas para ele (Waldomiro) diante de um empresário do bingo, chamado Carlinhos Cachoeira.” Diante da mesma pergunta, outros 29,7% consideram-se “bem informados”, 19,5% “pouco informados” e 6,3% “nada informados.”

Ainda de acordo com a pesquisa, 45,3% dos entrevistados fizeram qualquer tipo de aposta, jogo ou sorteio nos últimos três meses – o que significa que não jogam. Entre os que jogam, apenas 6,1% recorre ao hábito duas ou mais vezes por semana.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;