Política Titulo Transporte público
Mauá segue pagando serviço que deveria ser da Suzantur
Caroline Garcia
Do Diário OnLine
04/05/2016 | 07:46
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Anderson Silva/DGABC


Desde agosto de 2014, após a empresa Suzantur iniciar as operações das linhas de transporte público de Mauá, a administração seguiu pagando a PK9 Tecnologia e Serviços Ltda, sendo que a vencedora da licitação do transporte público é quem deveria arcar com tais custos, como prevê o edital 8/2014.

Segundo dados do Portal Transparência, a cidade de Mauá destinou à PK9 quatro pagamentos, sendo dois em 2015 e dois neste ano, quando a bilhetagem já deveria ser de responsabilidade da concessionária, no caso, a Suzantur. Somados, os valores atingem R$ 4,08 milhões (R$ 3,12 milhões em 2015 e R$ 960 mil em 2016).

No Portal Transparência, os pagamentos são descritos como “aditamento contratual referente à contratação de empresa para venda de créditos e cartões eletrônicos, gerenciamento e repartição da receita do sistema de transporte coletivo municipal”.

O anexo 13 do edital afirma que “o controle de todos os processos de instalação e operação do Sistema de Bilhetagem Automática será da concessionária, a ser exercido, entre outras formas, através da definição das regras de negócios para aplicação da política tarifária vigente e de operação das linhas de ônibus”.

A Suzantur poderia ainda subcontratar empresa para implementar o sistema de bilhetagem eletrônica e arcar com estes custos, como prevê o edital. “Como premissa básica na concepção do funcionamento deste sistema se estabeleceu que a concessionária se encarregará, diretamente ou através de terceiros, da distribuição e da comercialização dos cartões e créditos eletrônicos, necessários à operação e ao uso do Sistema de Bilhetagem Automática da cidade de Mauá.”

Por meio de nota, a administração da cidade afirmou que a prorrogação do contrato com a PK9 se deu em um momento de transição, quando a nova concessionária ainda se adaptava aos processos do sistema de transporte municipal. “Por ser um serviço público essencial, ressaltamos que o transporte coletivo de passageiros não pode sofrer solução de continuidade, e por isso se justificou a prorrogação. Os termos de prorrogação foram acrescentados ao processo, e não sofreram nenhuma contestação da Justiça.”

Ainda segundo a nota, “o projeto para a Suzantur assumir a bilhetagem já está sendo analisado pela Prefeitura, e a situação deve se resolver em breve.”

A reportagem procurou a Suzantur por dois dias, mas não conseguiu encontrar Claudinei Brogliato, proprietário da empresa, para comentar o ocorrido.




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