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Consumidores buscam mais serviços nas lojas
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
22/09/2011 | 07:30
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Andréa Iseki/DGABC


Apesar da maioria dos consumidores brasileiros dar preferência às promoções quando vai às lojas, a busca por serviços que facilitem o dia a dia é apontada por 60% dos 407 entrevistados pela consultoria GS&MD - Gouvêa de Souza como fator decisivo para escolher o ponto de venda.

Fazer as compras no supermercado e lá mesmo pagar as contas do mês ou colocar crédito no celular é um exemplo. Para o sócio sênior da consultoria, Luiz Goes, a disponibilidade desses serviços faz com que os lojistas aumentem o tempo de permanência do cliente na loja, fazendo com que ele até compre mais.

Ainda nos supermercados, a grande oportunidade está na entrega em domicílio, em que 12% dos clientes consideram importante. Deixar as roupas recém-compradas para ajustes ou levá-las posteriormente para reparos é algo apreciado por 18% dos consumidores da cidade de São Paulo.

Os entrevistados sugeriram que as drogarias oferecessem serviços ligados a bem-estar como orientação nutricional (8%) e massagem (7%). Entretanto, o especialista destaca que o varejo brasileiro ainda não está preparado para atender esse tipo de demanda.

PROMOÇÃO - Segundo 29% dos 407 paulistanos ouvidos pela consultoria, ter bom preço e promoções é o principal fator para voltar a um estabelecimento. Em segundo lugar, com 28%, vem um ambiente confortável de compra com banheiro limpo, lanchonete e estacionamento. Por fim, o atendimento foi apontado por 24% como critério para se tornar cliente da loja.

FINANCEIROS - Embora cartões, seguros, capitalização e planos de assistência odontológica não sejam os principais produtos vendidos pelas redes de varejo, suas participações já representam até 30% da receita bruta nas médias e grandes companhias. Goes ressalta que atualmente são esses serviços que os clientes estão mais utilizando e que o setor mais se especializa em oferecer devido às boas margens de lucro.

Ao frequentar um estabelecimento para comprar determinado produto, muitos clientes aproveitam e contratam crédito pessoal e seguros. A Coop, aproveitando a base de 380 mil clientes no cartão próprio, lançou neste ano em parceria com o Bradesco as modalidades proteção pessoal e segurança familiar.

 

Metade dos paulistanos compra por catálogo

Dados da pesquisa "A Reinvenção do PDV no Mundo Multicanal" da consultoria GS&MD - Gouvêa de Souza identificou que quanto maior a renda do consumidor, mais alta é a possibilidade dele experimentar novos canais de compra. Fatia de 83% dos 407 entrevistados na cidade de São Paulo afirmaram usar catálogos, internet, telefone ou celular para adquirir produtos e serviços.

O destaque são os catálogos, com 53% dos ouvidos comprando itens vendidos de porta em porta. A internet aparece em seguida com 38% das respostas. Em terceiro lugar vem o telefone (29%), depois o celular (6%) e 17% das pessoas disseram não fazer compras em outro canal.

LIDERANÇA - Embora a utilização desses canais tenha aumentado, o estudo confirma o domínio dos pontos de venda físicos tradicionais, com a presença de 93,4% dos paulistanos. São, no total, 1,2 milhão de estabelecimentos no Brasil, com faturamento anual de R$ 726 bilhões.

A loja física representa 93,4% desse faturamento, enquanto a venda direta ocupa 3,6% e o e-commerce detém somente 2%. Mas essa modalidade tem crescimento bem acima do varejo tradicional, de 24% ao ano.

"A confiabilidade e a possibilidade de negociação continuam sendo as principais razões do predomínio dos canais de venda físicos", salienta o sócio sênior da GS&MD, Luiz Goes.




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