O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, ironizou o fato se seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB) ter afirmado que além de dar continuidade ao projeto que prevê a construção de ponte ligando Santos e Guarujá, em substituição a travessia de balsas, vai estudar um "arco rodoviário" para ligar as duas margens do Porto de Santos.

"É difícil a gente poder levar a sério essas oscilações do PSDB. Eles prometeram um túnel e não fizeram, depois vieram e inauguraram uma maquete e não implementaram. Não fizeram projeto executivo e não licitaram. O governador Goldman vem e diz que agora não vai fazer. Agora vem o candidato e diz ‘bom, não é essa ponte é outra ponte'", completando que a população não acredita e tem toda a razão de não acreditar.

Diferentemente de Alckmin, que afirmou que vai priorizar a ponte para veículos leves, em substituição às balsas, Mercadante disse que a ponte para os caminhões, ligando as margens do porto "é a ponte prioritária", assim como a construção de um "anel de acesso à rodovia Cônego Domenico Rangoni", obra que ele considera "inadiável" para o Porto de Santos.

"O governo Lula já disse, o Ministério dos Transportes e o Ministério dos Portos, que está disposto a fazer a parceria nessas duas obras e o Governo do Estado não tomou nenhuma iniciativa para viabilizar. Nós tomaremos, faremos a ponte e alça de acesso na Cônego Domenico", afirmando que a outra ponte (em substituição das balsas) também terá que ser feita. "Agora tem que ter uma ponte de muita arcada, muito bem feita, para não prejudicar (o porto), porque os navios serão cada vez maiores", disse.

Segundo ele, a ponte ligando as margens do porto é uma "obra estruturante que tem que ser prioridade junto ao governo federal", já a ponte para substituir a balsa, na Ponta da Praia, "é uma obra urbana que tem que ser feita pelo governo estadual junto com as prefeituras da região", disse.

Mercadante participou no início da noite do "Encontro Regional de Apoio à Dilma Rousseff Presidente", evento que reuniu mais de duas mil pessoas em Santos, entre elas o candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (PMDB), e os candidatos ao Senado, Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB), além de dezenas de candidatos e militantes dos partidos da coligação.