Um policial chileno morreu nesta quarta-feira após ter levado um tiro na cabeça durante os distúrbios que se estenderam da noite de terça-feira até a madrugada em bairros da periferia de Santiago, na comemoração do golpe militar de 1973, informou o governo.

Fontes do hospital informaram que o policial Cristián Vera Contreras, 36 anos, foi ferido com uma arma "grande", em meio aos choques registrados no bairro de Pudahuel Sul, no oeste de Santiago. Contreras não resistiu aos ferimentos.

"Estamos falando de uma arma grande, como um fuzil", disse a doutora Patricia Nilo, chefe da urgência do hospital da polícia de Carabineiros.

Outros 41 policiais ficaram feridos, informou o subsecretário do Interior, Felipe Harboe, acrescentando que até agora não há informações de civis atingidos. Um dos membros das forças de segurança está gravemente ferido após ter sido queimado com ácido jogado pelos manifestantes durante os confrontos.

"O que vimos à noite não tem nada a ver com o 11 de setembro, isto é delinqüência", assegurou Harboe. Durante os distúrbios, que incluíram barricadas e saques a lojas, 216 pessoas foram detidas em todo o país, a maioria delas na capital chilena.

Desde 1983, todos os anos a comemoração do aniversário do golpe de 11 de setembro de 1973, liderado pelo falecido general Augusto Pinochet, descamba para a violência que se estende pela madrugada em bairros da periferia de Santiago.