A crise energética mantém no escuro e praticamente paralisadas várias cidades da Nicarágua, gerando insatisfação crescente da população que teme um aumento da delinqüência.

Os apagões atingem diversas áreas da capital e outras cidades, obrigando a população a usar velas e lamparinas ou até queimar pneus. Com medo dos delinqüentes se aproveitarem do escuro, os cidadãos se juntam em frente às suas casas para fazer companhia uns aos outros, enfrentando o calor e os mosquitos.

O congestionamento das ruas, particularmente nos sinais de trânsito, gera um verdadeiro caos. A ministra da Saúde, Maritza Cuan, disse à imprensa que alguns hospitais estão resistindo aos apagões, mas perdem material obrigado a ser mantido refrigerado como as vacinas.

No comércio, os açougues e padarias perdem produtos por falta de energia elétrica. O apagão também prejudica o Zoológico Nacional, que abriga cerca de 650 animais de diversas espécies. Segundo o diretor do parque, Eduardo Sacasa, a situação está caótica.

O governo determinou que a empresa distribuidora, a espanhola Unión Fenosa, e outras empresas envolvidas, garantam o fornecimento de energia elétrica pela manhã na capital, mas os cortes continuam.