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Volpi e PV de Ribeirão Pires protegem imagem de Saulo
Cynthia Tavares
do Diário do Grande ABC
06/09/2011 | 07:15
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O PV de Ribeirão Pires surpreendeu quando optou por não pedir na Justiça a cadeira do vereador Saulo Benevides, que deixou o partido para migrar ao PMDB (o que ainda não ocorreu oficialmente). Nos bastidores, o fato é encarado como manobra da executiva municipal, orquestrada pelo prefeito Clóvis Volpi (PV), para preservar o parlamentar de desgaste neste ano pré-eleitoral.

Ventila-se que o chefe do Executivo acredita que Saulo pode ser o candidato governista, mesmo Saulo sendo hoje o principal inimigo da administração, na qual faz ferrenha oposição desde 2008, quando brigou com Volpi.

Entretanto, o clima entre os dois tem sido mais amistoso de algumas semanas para cá. Os políticos participaram de um evento na semana passada. Especula-se que o encontro serviu para firmar acordo de cavalheiros para amenizar o tom ofensivo entre eles.

Fontes ouvidas pelo Diário garantem que aliança futura entre os dois não está descartada. Volpi nunca escondeu que tem uma carta na manga, caso nenhum candidato do grupo governista emplaque. Saulo e o prefeito negam neste momento a possibilidade de estarem juntos na eleição do ano que vem.

Inicialmente, a preservação de Saulo irritou o primeiro suplente do PV, Rubens Fernandes da Silva, o Rubão. Mas, agora, ele diz que também não irá travar batalha jurídica para obter a vaga do vereador por infidelidade partidária. Mais do que isso, anunciou que deixará o PV e migrará para o PMDB, mais um indício de que Saulo está com moral junto à administração Volpi.

O prefeito, por sua vez, ressalta que "o partido não é personalizado", ao defender a tese de que o protocolo de processo judicial seria prejudicial para todas as partes envolvidas. "Seria um desgaste para o partido, para o meu governo e para os próprios vereadores que saíram (Koiti Takaki e Gerson Constantino também deixaram o PV). Para quê vamos criar uma guerra, quando há possibilidade de paz? Não é assim que funciona", ponderou Volpi.

O prefeito alertou Rubão para o risco que ele corre em não se eleger por outra sigla. "Terá maior dificuldade. A melhor legenda para eleição é o PV, que tinha três vereadores e agora não tem nenhum. Ele é primeiro suplente e a chance dele é muito grande", analisou. Na eleição de 2008, Rubão teve 1.110 votos e só não entrou por conta do coeficiente eleitoral. Gerson Constantino ficou com a última vaga, com 1.130 sufrágios.




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