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Rogério publica sindicância nesta segunda-feira
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
28/02/2011 | 08:45
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O presidente da Câmara de Mauá, Rogério Santana (PT), publicará hoje a criação da sindicância que investigará o uso indevido dos carros oficiais do Legislativo. A comissão será formada por Rômulo Fernandes (PT), Alberto Pereira Justino, o Betão (PSB), e Edimar da Reciclagem (PSDB).
Reportagem do Diário publicada no dia 19 revelou denúncia, encaminhada ao MP (Ministério Público), de que os veículos têm sido utilizados para a prática de políticas assistencialistas e para fins eleitoreiros e pessoais.
A composição do grupo respeita a proporcionalidade dos partidos na Câmara, e segue o antecipado pelo Diário na quarta-feira. Assim, ficam designados representante do PT (que detém a maior bancada da Câmara, ao lado do PSB, com quatro cadeiras), outro governista (Betão) e um integrante da oposição (Edimar). O trio foi informado na sexta-feira de que será o responsável por conduzir os trabalhos.
A sindicância foi constituída para apurar a denúncia e colher resultados em 60 dias. O prazo, porém, poderá ser estendido caso não haja a conclusão do processo. "A ideia é ter sempre uma comissão responsável por averiguar o mau uso do equipamento público, não só dos carros", ressalta Rogério, ao atentar que após os dois meses iniciais os integrantes do grupo poderão ser substituídos. "Podemos promover um rodízio para não sobrecarregar os vereadores", projeta o presidente.
A nomeação dos três parlamentares traz à tona duas curiosidades, ambas por ligar integrantes da sindicância a dois protagonistas da denúncia.
Betão pertence ao mesmo partido de Ozelito José Benedito, o Irmão Ozelito, cujo carro a serviço de seu gabinete foi flagrado transportando material de sua campanha para deputado estadual, em 2010. O socialista defende-se dizendo que foi vítima de armadilha arquitetada por um ex-assessor.
Já Edimar da Reciclagem é o presidente municipal do PSDB, partido pelo qual é filiado o autor da denúncia encaminha ao MP, João Lopes, o João de Mauá, que está descrente com a investigação da vereança, mesmo sem sequer ter sido iniciada. "Não vai dar em nada. Como os vereadores vão fiscalizar eles próprios? São corporativistas."
A acusação relata que a maioria dos parlamentares utiliza os carros oficiais (dirigidos por assessores) para dar caronas a moradores a consultas e exames nos hospitais estaduais do Grande ABC (Serraria, em Diadema, e Mário Covas, em Santo André).

Para tanto, os automóveis inclusive dormem nas casas de assessores, o que também é proibido.




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