Os ataques contra bases e viaturas da Polícia Militar, delegacias e instalações da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, organizados pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), continuaram neste domingo, totalizando mais de 120 ações criminosas e cerca de 60 mortos desde a noite de sexta-feira.
O número de mortos e o balanço de ataques muda a cada momento, mas a Secretaria de Segurança Pública informa que entre as vítimas estão 23 suspeitos de envolvimentos como as ações criminosas e pelos menos 25 policiais, entre militares e civis. Até agora, 82 suspeitos foram detidos. Com eles, foram também apreendidas 97 armas.
Os ataques ocorreram em diversos pontos do Estado, incluindo Capital, interior e Grande São Paulo. No Grande ABC, foram registrados atentados em Santo André, São Bernardo e Mauá. Em Diadema, um ônibus foi incendiado na noite deste domingo, em mais uma onda de violência.
Os ataques começaram algumas horas após a chegada de diversos líderes do PCC à capital e à transferência de diversos presos considerados perigosos para penitenciárias do interior. A megaoperação, que transferiu 765 criminosos, foi deflagrada justamente porque a polícia descobriu planos de uma rebelião em massa no Estado para este final de semana.
Entre os criminosos que foram transferidos está Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, líder do PCC. Ele foi transferido na manhã de sábado para a penitenciária de Presidente Bernardes, considerada a mais segura do país. Ele ficará sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), o mesmo a que foi submetido o traficante Fernandinho Beira-Mar durante sua passagem pelo Estado.
Rebeliões – Além dos ataques contra postos policiais, o PCC também organiza rebeliões em presídios de todo o Estado. Neste domingo, 44 penitenciárias ainda registram motins, com mais de 207 reféns.
Ônibus - No fim da tarde e início da noite deste domingo, também foram registradas pelo menos 19 ocorrências de incêndios a ônibus, sendo duas no Grande ABC (Diadema e Santo André).
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