Política Titulo São Caetano
Pinheiro propõe reajuste de 8,15% a servidores

Paço também aumenta gratificação a GCMs e o piso mínimo da administração

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
31/03/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), propôs aumento de 8,15% aos servidores públicos da administração. A tendência é que o mesmo índice de reajuste também seja aplicado em breve pelo Legislativo para os funcionários da Casa. O projeto será votado hoje pela Câmara, em duas sessões extraordinárias. A pressa se dá pelo fato de a legislação eleitoral proibir revisão salarial ao funcionalismo a partir do dia 5 de abril – seis meses antes do pleito de outubro.

A proposta do Paço é de repor apenas o acumulado da inflação no período de dez meses – de 1º de maio de 2015 a 29 de fevereiro deste ano –, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos de São Caetano) reivindicava a reposição da inflação, medida pelo ICV (Índice de Custo de Vida) do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), mais 6% de aumento real – daria aproximadamente 14%.

Na pauta da campanha salarial entregue à Prefeitura, o Sindserv reclama da “falta de vontade política da administração” para atender as reivindicações da categoria. “A defasagem salarial dos servidores de São Caetano é brutal se considerarmos a evolução do salário mínimo e dos padrões de vencimentos da categoria, no período de 1999 até 2016. A diferença atinge patamares astronômicos”, diz o documento entregue no dia 14 pelo sindicato ao Executivo.

Líder do governo na Câmara, Jorge Salgado (PTB) frisou que a reposição da inflação “contempla” os pedidos do funcionalismo. “É preciso ter pé no chão. Diante de uma recessão (econômica do País) que estamos passando, a proposta do prefeito demonstra preocupação com os servidores. Em comparação, outras cidades não dão nem a (reposição da) inflação”, alegou.

Além do reajuste ao funcionalismo, o Palácio da Cerâmica também aplica aumentos à gratificação por risco de vida à GCM (Guarda Civil Municipal) – passa do atual R$ 1.063,93 para R$ 1.150,64 – e ao valor do piso salarial mínimo para os servidores da ativa na administração (sobe de R$ 1.708 para R$ 1.847). O ganho mensal mínimo exigido pelo Sindserv era de R$ 2.220.

Os subsídios da cesta básica e do vale-transporte também serão reajustados, de acordo com o projeto da Prefeitura. O primeiro benefício passará de R$ 204,26 para R$ 220,91, enquanto que o segundo valor vai dos atuais R$ 170 para R$ 183.

Outro ponto que será modificado em conjunto ao repasse será a data-base da campanha salarial, que atualmente é 1º de abril. Pela proposta, o Paço antecipa as negociações para o mês de março.

Em 2015, Pinheiro ofereceu 9,15% de aumento aos servidores. O índice do reajuste aplicado foi o maior da região, na ocasião. Na terça-feira, a Câmara de Mauá avalizou aumento de 10,36% aos servidores públicos da Prefeitura e do Legislativo. Procurado, o presidente do Sindserv, Miguel Parente Dias, não retornou aos contatos do Diário. 




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