Quando recebeu o convite para fazer a atual novela das nove da Globo, Mulheres Apaixonadas, a atriz são-bernardense Vanessa Gerbelli sabia que apesar de Fernanda ser uma ótima personagem, estaria apenas nos primeiros capítulos da trama de Manoel Carlos. Mas seu carisma – que estreou de forma brilhante na TV ao dar vida a Lindinha, em O Cravo e a Rosa – conquistou o público. Fernanda foi ficando e ganhou cada vez mais espaço na trama.

Como já estava definido, Fernanda deixou a trama após ser vítima de uma bala perdida. Mas o fim de sua vida na novela significou apenas o início de uma trajetória de sucesso para a musa da região. “Acredito que a Fernanda foi o melhor momento da minha carreira, até agora, e espero que não seja o único. Foi um conjunto de situações: boa aceitação do público e entrosamento com os colegas de trabalho. Acredito que o resultado foi satisfatório para mim e para o autor”, afirmou Vanessa em entrevista ao Diário, durante evento na escola Digicad Informática, em São Bernardo.

E o sucesso de Fernanda foi tão grande que, enquanto estava entre a vida e a morte, a personagem rendeu vários protestos e abaixo-assinados na internet em prol de sua recuperação, como o S.O.S. Fernanda e o Não Deixe a Fernanda Morrer. “Fiquei surpresa e feliz, pois não esperava tanta repercussão. Não pensei que tantas pessoas fossem ficar a favor da Fernanda. Desde o primeiro dia, Fernanda surgiu como uma heroína em potencial. Também tinha todos os motivos para ser vilã, por conta das dificuldades, mas se manteve firme em seu caráter”, diz.

O contrato de quatro anos que Vanessa fez com a Globo vence no próximo mês, mas a emissora já manifestou interesse em renovar. Enquanto isso, a atriz aproveita o tempo para investir em outras habilidades artísticas. Uma delas é escrever: Vanessa acabou de criar seu primeiro musical, cuja história, guardada a sete chaves, lembra a obra de um compositor brasileiro. “Tem um produtor interessado e pretendo colocar o musical em circuito no segundo semestre de 2004. Além de ser autora, também vou atuar no musical”, afirma.

Na gaveta, não faltam projetos. Entre os próximos está a gravação de um disco. “Acho que faço um estilo mais intimista, gosto de jazz e talvez puxasse para a bossa nova. Algumas músicas escrevi sozinhas e outras com o meu irmão, Gian Gerbelli (guitarrista de Luiza Possi)”, afirma. Vanessa ainda guarda em seu acervo pessoal várias telas que pintou em estilo expressionista, as quais colocará em exposição assim que a agenda lotada permitir.