O presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberber, condenou nesta quinta-feira em Washington que o governo dos Estados Unidos negue o acesso de delegados da organização a certos prisioneiros detidos em lugares de reclusão secretos.

"Seja qual for a razão legítima de sua detenção, não existe o menor direito de esconder o lugar onde uma pessoa está detida, nem de negar que esteja (nesta condição)", disse Kellemberger, em comunicado divulgado ao fim de uma reunião com a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, o conselheiro de Segurança Nacional, Stephen Hadley, e o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld.

A organização "condena que as autoridades americanas não tenham evoluído no sentido de que os delegados da Cruz Vermelha possam visitar as pessoas que estão detidas em lugares mantidos em segredo", completou.

De acordo com a nota, a Cruz Vermelha continuará exigindo ter acesso a todos os detentos, onde quer que estejam.