Dez mil pessoas dadas como desaparecidas durante a guerra da Bósnia (1992-95), ou seja cerca da metade do total, foram identificadas através de testes de DNA, anunciou nesta segunda-feira a Comissão Internacional para Pessoas Desaparecidas (ICMP, sigla em inglês), com sede em Sarajevo.

"O de número dez mil é um homem desaparecido em julho de 1995 por ocasião da queda de Srebrenica" na Bósnia Oriental, segundo um comunicado.

Foram identificadas por este método cerca de três mil vítimas do massacre de Srebrenica, onde oito mil homens e jovens muçulmanos foram mortos em alguns dias pelas forças servo-bósnias.

"O trabalho feito até agora (...) tem sido enorme, mas estamos exatamente na metade do caminho", declarou Kathryne Bomberger, diretora da ICMP.

As técnicas de identificação baseadas no DNA foram desenvolvidas nos Bálcãs para determinar o destino de mais de 40 mil pessoas dadas como desaparecidas, principalmente durante a guerra da Bósnia, mas também durante a guerra da Croácia (1991-1995) e a de Kosovo (1998-1999).

De acordo com a ICMP, "há ainda 13 mil pessoas desaparecidas no conflito na Bósnia-Herzegóvina e mais de 17.500 na região".