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França teme novos casos de gripe aviária e tenta evitar a psicose
Da AFP
20/02/2006 | 11:13
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A França esperava nesta segunda-feira o resultado de novos exames feitos em 15 pássaros selvagens encontrados mortos e que podem ser portadores do vírus H5N1, depois da confirmação do primeiro caso de gripe aviária no país neste sábado.

"Há muitas chances de que sejam descobertos, na França e na Alemanha, outros muitos pássaros selvagens infectados pelo vírus H5N1", advertiu o Ministério da Agricultura.

A França é o primeiro produtor e exportador de aves da UE (União Européia), onde seis países já foram afetados pelo vírus, sobretudo a Alemanha. As vendas desse tipo de carne já caíram 15% na França e até 70% na Itália.

O ministro francês da Agricultura, Dominique Bussereau, disse que pediria a seus colegas europeus, reunidos em Bruxelas nesta segunda-feira, que aprovassem medidas de apoio para os criadores afetados pela trágica redução das vendas.

Na imprensa francesa, o medo é que a população não saiba medir corretamente os riscos.

"É preciso ressaltar as lições aprendidas da gripe espanhola de 1918. Dela se deriva a vigilância planetária que conhecemos hoje e que servirá para evitar que a catástrofe, que deixou na França 400 mil mortos, volte a se repetir", assegura o Liberation.

Segundo o jornal, a vigilância tem como lado negativo aumentar a psicose coletiva, mas traz consigo uma grande vantagem: "uma mundialização bem controlada tem virtudes sanitárias e também econômicas".

Na mesma linha, o Le Figaro estampou: "Precaução, sim. Psicose, não" e ressaltou que as primeiras vítimas da gripe aviária são econômicas. "Esta gripe, assim como outras, se contagia por via respiratória e não comendo frango assado ou pato", diz o jornal, destacando que é possível "limitar extraordinariamente os riscos até quase anulá-los".




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