Terminou nesta sexta-feira o processo de seleção dos 85 candidatos para integrar um júri de 12 membros e seis suplentes encarregados de decidir se condenam à morte o francês Zacarias Moussaoui, único acusado dos atentados terroristas do 11 de Setembro nos EUA.

A primeira fase da seleção foi concluída com a seleção de 38 mulheres e 48 homens, que deverão passar por um estudo minucioso para fazer parte do júri dentro do julgamento que começa dia 6 de março.

Pelo menos três muçulmanos, incluindo um homem nascido no Afeganistão e uma mulher de origem iraniana, estão no grupo.

Moussaoui, de 37 anos, francês de origem marroquina, foi detido em 16 de agosto de 2001 no estado de Minnesota (norte), quando treinava em um simulador de Boeing 747, menos de um mês antes dos ataques de 11 de setembro de 2001, em Washington e Nova York.

Ele admitiu sua ligação com os atentados em 22 de abril de 2005. Seus advogados tentaram dissuadi-lo e a juíza lhe deu três dias para refletir. Moussaoui assinou uma confissão, na qual deixou estabelecida, segundo a acusação, sua cumplicidade. Depois, entretanto, este autoproclamado "escravo de Alá" negou qualquer participação nos ataques.

O governo quer mostrar, em particular, que no momento de sua prisão por um visto vencido em 16 de agosto de 2001 em Minnesota (norte), três semanas antes da tragédia, Moussaoui sabia dos ataques e mentiu para torná-los possíveis.

A defesa vai responder com uma arma política, tentando provar que o governo sabia sobre a eventualidade dos atentados muito mais que Moussaoui e poderá tentar provar que ele sofre de esquizofrenia, uma circunstância atenuante, com base em antecedentes familiares.