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Dedé tem segunda conta julgada irregular pelo TCE
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
22/09/2011 | 07:24
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Celso Luiz/DGABC


O vice-prefeito de Ribeirão Pires, Ednaldo de Menezes, o Dedé (PPS), teve suas contas de 2008, quando presidiu a Câmara, julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado. É a segunda negativa que o popular-socialista recebe do órgão. A decisão do conselheiro Robson Marinho determina também devolução corrigida de R$ 336.166,77. Os gastos de 2007, ano em que também comandou o Legislativo, receberam parecer desfavorável.

O motivo das impugnações é a verba de gabinete paga mensalmente aos vereadores. Criado em 2002, o benefício de R$ 2.400 era concedido para que os parlamentares comprassem material de escritório e para abastecer os veículos utilizados no atendimento à população. "A verba já era paga desde 2002, mas só foi julgada irregular a partir da minha gestão", disse Dedé. Por conta do entendimento do tribunal, o atual presidente, Gerson Constantino (PV), cortou o aporte em junho deste ano.

O entrave é pedra no sapato do atual vice-prefeito, que vislumbra candidatura ao Paço, no ano que vem. A decisão cabe recurso, portanto não deixa o pré-candidato inelegível. A condição de inelegibilidade é válida somente para casos transitados em julgado. "Ele só perde direito de concorrer à eleição quando não houver mais maneira de recorrer no TCE. Enquanto houver recursos administrativos, fica assegurado", explicou o especialista em Direito Público e Eleitoral Leandro Petrin.

"Nossa defesa será feita de forma tranquila", afirmou Dedé. O recurso referente a 2007 ainda aguarda análise. O prazo para resolver ambos os imbróglios é julho, quando iniciam os registros de candidatura para o pleito eleitoral. "Vamos respeitar o tempo", ressaltou o popular-socialista.

O TCE também julgou irregular o aumento nos salários dos vereadores, aprovado no mandato passado. O vice disse que há acordo com Executivo para devolução do dinheiro. 

Vicentinho só fica no governo se PR estiver na majoritária 

O vereador de Ribeirão Pires José Vicente de Abreu, o Vicentinho (PR), condiciona sua permanência no grupo governista à presença de Nonô Nardelli (PR) na chapa majoritária no ano que vem.

Nonô, além de presidente municipal do PR, é secretário de Governo, uma das principais Pastas do primeiro escalão do prefeito Clóvis Volpi (PV). Ele tem prestígio junto ao chefe do Executivo e ainda pleiteia a indicação para ser o candidato ao Paço. "Todo mundo me fala que a decisão do Volpi não sai antes de outubro (quando encerra prazo de filiação para as eleições). Não sei o que vou fazer", declarou.

O republicano tem convite para ingressar no PSD, partido construído na cidade pelo vereador oposicionista Koiti Takaki (PV). A legenda estará no arco de alianças do vereador Saulo Benevides, pré-candidato ao Paço pelo PMDB.

Vicentinho confessa que está balançado com o convite. "Os meninos sempre foram parceiros meus", elogiou. Nonô limitou-se a dizer que seus filiados "têm liberdade" para agir.




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