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Governo mantém proposta de criação da EBS
14/07/2010 | 07:41
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o governo não voltará atrás na proposta de criação da EBS (Empresa Brasileira de Seguros). Em entrevista na portaria do Ministério da Fazenda, Mantega fez questão de falar sobre a EBS, que enfrenta forte resistência das entidades representativas das empresas de seguro e resseguro.

O ministro informou que a medida provisória que cria a EBS será enviada em breve ao Congresso. Para ele, a nova companhia é importante para dar apoio aos projetos de infraestrutura que necessitam de seguro.

Segundo Mantega, o setor não tem como dar conta de toda a necessidade de seguro para a viabilização dos projetos de infraestrutura. Ele rechaçou, no entanto, que a criação da EBS representa novo monopólio para o setor. E disse que o monopólio do IRB (antigo Instituto de Resseguros do Brasil) foi quebrado. "Nós estamos privatizando o IRB, negociando com o Bradesco, Banco do Brasil e Itaú, que já são sócios do IRB", afirmou. "Não tem nada de estatização, isso é uma bobagem."

Mantega insistiu na avaliação de que a nova empresa supre uma deficiência que existe hoje no Brasil na área de seguros. Segundo ele, a criação do Eximbank para apoiar o comércio exterior brasileiro não seria viável sem a EBS, garantindo o seguro à exportação. Mantega enfatizou que o governo já disse para seguradoras que vai trabalhar em conjunto com elas, formando consórcios.

Para o ministro é preciso identificar quem realmente do setor é contra a proposta.

"Não são as grandes seguradoras", disse. Ele informou que vai se reunir na próxima semana com as empresas do setor para discutir a criação da EBS. "Não vamos voltar atrás, porque ela é uma necessidade para o País."

O ministro se disse aberto para aperfeiçoar o texto da MP. Segundo ele entre o espaço de discussão e votação do projeto e a criação da empresa a proposta poderá ser aperfeiçoada.




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