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FMI é convocado a reestruturar dívidas para evitar crises
Do Diário OnLine
Com AFP
08/04/2004 | 21:25
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O CPFMI (Comitê Financeiro do Fundo Monetário Internacional) foi convocado a implementar, antes da sua reunião nos próximos dia 24 e 25 em Washington, regras na reestruturação das dívidas, com o objetivo de evitar crises enormes como a que a Argentina enfrentou recentemente.

Em sua tradicional carta ao CFMI antes das reuniões do Bird (Banco Mundial) e do FMI, o IFI (Instituto de Finanças Internacionais), que representa 330 bancos em mais de 60 países, afirmou que a "Argentina destaca a deficiência" de um sistema para administrar crises e realizar reestruturações da dívida.

Segundo comunicado enviado pelo diretor do IFI, Charles Dallara, “personagens-chave nas economias dos mercados emergentes precisam determinar agora um conjunto de princípios voluntários para uma ação conjunta, concentrando-se na contenção das crises e em uma administração que possa ser aplicada de forma flexível e caso a caso".

Dallara disse que a necessidade de um plano de ação e de um conjunto de regras é “óbvia”. Credores e devedores "estão fazendo progressos significativos em direção àquilo que acredito que pode ser um conjunto de princípios importante", afirmou, acrescentando que espera mais progressos e que tem esperança de um consenso nos próximos meses.

De acordo com o IFI, o rascunho do conjunto de princípios no qual os credores e devedores trabalham há 18 meses propõe um acordo voluntário, flexível e baseado no mercado. O documento, que conta com o apoio do CFMI desde setembro do ano passado, aconselha o uso ampliado das Cláusulas de Ação Coletivas nas emissões de títulos da dívida e a formulação de um código de conduta que enfrente as deficiências do atual sistema.

O novo paradigma se basearia em quatro pilares: informação compartilhada e transparência; cooperação e diálogo próximo entre devedores e credores; ações de boa fé durante a reestruturação da dívida e tratamento justo a todas as partes.

"É importante que o CFMI apóie esta aproximação de forma ampla, enquanto garante que o Fundo mantém suas próprias políticas", finalizous Dallara.

Todavia, duas posturas do FMI não devem mudar, avaliou o IFI, que pediu à instituição que continue aconselhando os países emergentes a adotar políticas de ajuste e mantenha seu papel de guardião da estratégia cooperativa da dívida.




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