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'S.Caetano será o QG do PSDB em 2010'
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
31/08/2009 | 07:07
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Edmilson Magalhães/DGABC


O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), reafirmou ontem o apoio incondicional às candidaturas tucanas que serão lançadas nas eleições de 2010. "Seja qual for o plano do PSDB para o ano que vem, São Caetano será o Quartel General", ressaltou o petebista.

A afirmação foi feita durante inauguração de centro para a terceira, que contou com presença do secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSDB), provável candidato ao Palácio dos Bandeirantes - não faltaram apertos de mão, abraços, beijos e fotografias ao lado das cerca de 700 pessoas que compareceram à entrega da obra.

Tradicionalmente, o eleitorado da cidade, formado em grande parte por classe média, adere às chapas tucanas, o que pode ser demonstrado quando são avaliados os números do último pleito presidencial e estadual, em 2006.

Na ocasião, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito para seu segundo mandato de presidente com 60,8% dos votos no Brasil. Geraldo Alckmin obteve 39,2%. Nos dados de São Caetano, porém, a situação se inverteu: o petista teve adesão de 35% do eleitorado e o tucano 65%.

Na eleição para o governo do Estado, José Serra (PSDB) venceu no primeiro turno com 57,9% dos votos paulistas, enquanto Aloizio Mercadante (PT) angariou 31,7%. Contabilizados os sufrágios na cidade, o tucano ostentou 64,5% e o petista 24,7%.

Em pesquisa encomendada pelo PTB municipal e divulgada em julho, Serra e Alckmin têm a preferência do eleitorado de São Caetano na corrida pela Presidência e pelo governo estadual, respectivamente. No município, Serra aparece com 45% dos votos na disputa pelo Planalto. Ciro Gomes (PSB) tem 14%, Dilma Rousseff (PT) 13% e Heloísa Helena (Psol) 8%.

Nas intenções de voto para comandar São Paulo, Alckmin tem adesão de 51% dos eleitores, enquanto Paulo Maluf (PP) possui 12%; Soninha (PPS) 6%; Antonio Palocci (PT) 3%, Luiza Erundina (PSB) 3%, Paulinho da Força (PDT) 2% e Campos Machado (PTB) 1%. A gestão do governador Serra tem aprovação de 76% e a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 71%.

Alckmin evita comentar pleito, mas descarta estratégia anti-PT

Apesar de se comportar como candidato ao participar da inauguração de equipamento público em São Caetano, Geraldo Alckmin (PSDB) evitou falar de eleição, como tem feito rotineiramente.

O secretário estadual de Desenvolvimento ressaltou que nada está definido sobre as chapas que serão lançadas pelo PSDB. "Há apenas movimentações", limitou-se a dizer.

Sobre a série de visitas ao Grande ABC de integrantes da alta cúpula tucana nos últimos dias, Alckmin observou ser "uma região importante" - são 1,8 milhão de eleitores nas sete cidades.

E frisou que não haverá estratégia diferente de atuação do partido nos três municípios da região comandados pelo PT (Santo André, São Bernardo e Mauá), os quais inclusive são os maiores colégios eleitorais entre o conjunto das cidades. "Não faremos essa relação."

Alckmin também comentou de maneira superficial o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal), que na semana passada arquivou denúncia contra o deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) por suspeita de participação na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

O nome do parlamentar petista, assim, volta a ser cogitado para a disputa do governo de São Paulo em 2010. "Isso não muda nada", salientou o tucano, que voltará a São Caetano quarta-feira para a inauguração da ampliação do Centro Tecnológico da GM.

Acerca da saída de Santo André do grupo de estudos para viabilização do Parque Tecnológico do Grande ABC, com participação da secretaria estadual de Desenvolvimento, Alckmin afirmou apenas que não está sabendo e irá "tomar conhecimento da situação". A Prefeitura comandada por Aidan Ravin (PTB) teria deixado o projeto por divergências políticas com administrações petistas da região.




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