Preocupada com eventuais reajustes dos preços de fogões, geladeiras, máquina de lavar e veículos, a Camex (Câmara de Comércio Exterior) deve avaliar hoje a hipótese de reduzir o imposto de importação do metal. O aumento que as siderúrgicas brasileiras devem promover no preço do aço pode ter impacto direto nesses produtos finais. As companhias alegam que a alta é provocada pelo reajuste do valor internacional do metal.

A ideia é incluir apenas alguns itens de aço nas listas de exceção do Mercosul, o que levaria à redução do imposto de importação do minério. Por meio de um acordo, os quatro países do bloco prorrogaram até 2011 as listas de exceção à TEC (Tarifa Externa Comum).

A proposta de redução do imposto deve ser apresentada pela equipe do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. Para o ministro, essa seria a alternativa para evitar o aumento de preços de produtos que estimulam a aceleração da economia por meio do estímulo ao consumo.

Na semana passada, Miguel Jorge sinalizou que os técnicos preparam a proposta de redução do imposto do aço. "O ministério está acompanhando e podemos tomar alguma medida para contrapor a esse aumento de preço", disse ele.

RETALIAÇÕES
Na reunião da Camex, deve ser decidido ainda o rumo das negociações entre Brasil e Estados Unidos para a retirada dos subsídios norte-americanos à produção de algodão. As tratativas entre os dois países não devem ser encerradas na data marcada, dia 22.
A Camex terá que então decidir se inicia as retaliações contra 102 produtos importados dos Estados Unidos ou se prorroga o prazo para fechar um acordo.