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São Bernardo atrai tecnologia
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
22/09/2001 | 19:32
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São Bernardo tem despertado o interesse de grandes empresas de alta tecnologia, que elegeram o município para se instalar, de olho em seus atrativos em termos de infra-estrutura e logística e ainda por redes de fornecedores e clientes industriais de peso existentes por aqui.

Entre os exemplos, no mês passado, houve a instalação da empresa de informática EDS, que se transferiu de São Caetano, com investimento de R$ 25 milhões. No fim de outubro deste ano, haverá a inauguração da Edag, empresa de projetos automotivos, cuja fábrica demanda outros R$ 9 milhões, e em novembro a espanhola Maier também vai oficializar o início de operações na cidade, aplicando US$ 13,7 milhões.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, José Humberto Macedo, a opção é natural, já que o município é um pólo industrial forte, principalmente na área automobilística. E ainda por ter uma boa infra-estrutura, que inclui rede de fibra ótica, e um bom poder aquisitivo. “Além disso, as empresas de autopeças e as montadoras tiveram de acompanhar a globalização e se modernizar. Isso atrai as empresas de alta tecnologia”, afirmou.

Maier – Pertencente ao grupo espanhol Mondragon Corporación Cooperativa, a Maier chega ao país, e ao Grande ABC, em novembro, com uma fábrica que será um centro tecnológico de injeção e pintura de peças plásticas destinadas ao setor automobilístico. A empresa vai produzir moldes para o Volkswagen PQ-24, que começará a ser produzido em janeiro na fábrica da montadora em São Bernardo.

O diretor da Maier, Hildebrando Xavier, disse que a presença das fabricantes de veículos foi o principal motivo da escolha do município. “As montadoras estão aqui, seja a fábrica ou o centro de decisão das empresas automobilísticas”, afirmou. Outros fatores que pesaram foram a mão-de-obra qualificada, segundo ele, e os fornecedores de matéria-prima. “Havia dúvida entre Taubaté e São Bernardo, e optamos pela cidade, apesar de alguns fatores contrários.” No Grande ABC, há a atividade sindical, mas hoje acreditamos que esteja mais calma e que não teremos problemas.”

Para o diretor da Edag, Thomas Gamp, a concentração de montadoras também foi o que mais pesou. A companhia desenvolve projetos para o segmento automobilístico. “Há ainda centros tecnológicos, como a Faculdade de Engenharia Industrial, e condições de logística, pela proximidade com a via Anchieta.”

No caso da EDS, que atua no gerenciamento de serviços de tecnologia e tem como clientes o Grupo Accor, a Embratel e empresas do setor automotivo, a escolha deveu-se à qualidade da infra-estrutura, principalmente a oferta de cabos de fibra ótica, segundo a companhia.




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