O Santo André apenas cumpre tabela no Campeonato Brasileiro da Série C amanhã, contra o Brasil, em Pelotas. Mesmo assim, o técnico Rotta vai levar a campo o que tem de melhor. Exceções feitas aos suspensos Andrezinho, Negretti e Cristiano Brasília, suspensos, e Sandoval e Djalma, machucados, a base que vinha jogando será mantida. E as lacunas abertas dão chance para dupla que já traz entrosamento de outros tempos: o lateral-esquerdo João Lucas e o zagueiro Vitor Hugo.
Ambos estão emprestados ao Ramalhão a partir do Junior Team, de Londrina. Jogaram juntos no juvenil da equipe paranaense e também na andreense. Agora, podem ter a primeira oportunidade lado a lado no profissional do Santo André.
"Se tiver a chance, vamos relembrar os velhos tempos", afirmou João Lucas. "Viemos juntos para disputar a Copa São Paulo de 2010, mas jogamos lado a lado desde 2008, no juvenil. Espero que possamos reeditar a dupla", emendou Vitor Hugo.
Ambos moram em casa alugada pelo clube onde vivem outros atletas do Ramalhão. Vão e voltam do treino juntos e até entrevista foi com os dois ao mesmo tempo. Mas a parceria pode ser desfeita em novembro, quando acaba o empréstimo do lateral. O zagueiro tem contrato até o fim de 2012. "É um jogo para se firmar. Espero continuar no clube", disse João Lucas.
Para Vitor Hugo, único remanescente do time vice-campeão paulista no ano passado, a partida de amanhã, no Rio Grande do Sul, também é de grande importância, mesmo com vínculo maior que o companheiro. Aliás, o zagueiro e o meia Júnio são os dois atletas que não foram relacionados para nenhuma partida nesta Série C.
"Era a oportunidade que eu esperava para ser titular. Como é um campeonato de tiro curto não deu para o professor me ver em campo. Então vou aproveitar para mostrar que tenho qualidade. E se for possível quero continuar para ajudar o Santo André a voltar para a elite do futebol brasileiro", afirmou.
CODORNA
Nos treinos é muito comum ver os jogadores se referirem a João Lucas pelo apelido, Codorna. Ontem, após a atividade da tarde, explicou o motivo. "Meu pai tem esse apelido e desde que nasci herdei. Um dia quero ver e colocar esse nome na camisa", afirmou o lateral, sem se importar com a alcunha.
Ramalhão viaja precavido contra possível ira rival
Torcedores, jogadores e dirigentes do Brasil de Pelotas não ficaram nada satisfeitos com a perda de seis pontos no Superior Tribunal de Justiça, quarta-feira, em resultado que derrubou o time para a Série D do Brasileiro de 2012. E o Santo André teme ser vítima de qualquer tipo de reação antes, durante e depois do jogo de amanhã, no Rio Grande do Sul.
Para evitar isso, a diretoria entrou em contato com a polícia gaúcha para reforçar a segurança. O time viaja hoje, em voo pela manhã, e deve ficar em alguma cidade entre Porto Alegre e Pelotas para evitar qualquer tipo de problema inicial. "O torcedor se revolta, mas espero que não haja violência porque não leva a lugar nenhum. Pensando friamente, têm de estar insatisfeitos com eles próprios. Alguém lá errou como nós em 2004, quando perdemos 12 pontos (na Série B)", disse o técnico Rotta.
O diretor de futebol Luiz Antonio Ruas Capella avalia que em razão do julgamento a partida ganhou ingredientes a mais. "Vai ser uma guerra, porque eles vão entrar querendo provar que não mereciam o rebaixamento. Temos de justificar também nossa permanência", concluiu o dirigente.
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