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Bradesco perde título de maior banco privado do País
05/11/2008 | 07:16
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O surpreendente anúncio da fusão de Itaú e Unibanco foi um golpe para o Bradesco, que até então sustentava, com folga, o título de maior banco privado do País. Agora, com um valor de ativos R$ 112 bilhões menor em comparação com a nova holding financeira, a instituição terá de acelerar um programa de aquisições para não ficar para trás, afirmam especialistas do setor bancário.

Há inclusive uma lista de possíveis bancos que poderiam ser comprados pelo Bradesco. Um deles é o BV (Banco Votorantim), forte na concessão de crédito consignados e financiamento de veículos, destaca o analista da Austin Rating, Luiz Miguel Santacreu.

Mesmo assim, o banco teria de correr atrás de outras operações, já que o valor de ativos do BV é de apenas R$ 73 bilhões. O valor do Unibanco é de R$ 178 bilhões. "Bradesco, assim como Banco do Brasil e Santander, terão de suar a camisa para se aproximar do Itaú Unibanco", afirmou o sócio da Integral Trust, Roberto Troster.

Outra alternativa para a instituição seria se arriscar no mercado internacional, onde o número de bancos debilitados por causa da crise internacional é grande. "Desta forma, o Bradesco poderia crescer internamente e no exterior", avaliou o diretor do Inepad (Instituto de Estudos de Ensino e Pesquisa em Administração), Alberto Borges Matias, professor da Usp (Universidade de São Paulo). Segundo ele, neste momento, outra opção de compra do Bradesco poderia ser o Banco Safra.

RENTABILIDADE - Os especialistas argumentam, porém, que apesar de perder o primeiro lugar no ranking dos maiores bancos privados do País, a situação do Bradesco não é ruim. O banco continua com boa rentabilidade. "Ele ficou melindrado com o negócio, mas a concorrência entre os dois bancos - Bradesco e Itaú - sempre existiu", afirmou o analista da Lopes Filho, João Augusto Salles.




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