'Essa é uma questao fundamental para o Líbano', declarou ao final da reuniao semanal do Conselho de Ministros, que havia sido precedida por um debate excepcional do Conselho Superior da Defesa. 'Rejeitamos essa possibilidade de instalaçao dos palestinos e reafirmamos o direito de voltar ao lugar onde viviam destes nossos irmaos'.

Israelenses e palestinos retomaram nesta terça-feira nos Estados Unidos as conversaçoes com o governo americano destinadas a dar um novo impulso ao processo de paz. O ministro israelense da Integraçao, Yuli Tamir, considerou também nesta quarta-feira a possibilidade de seu país renunciar à soberania sobre a Esplanada das Mesquitas, terceiro lugar santo do Isla, em Jerusalém Oriental, em troca da desistência do direito de voltar por parte dos palestinos.

Neste domingo, o Líbano já havia lançado uma campanha contra esse projeto, que significaria a renúncia ao direito de regresso dos 3,7 milhoes de refugiados palestinos. A décima parte desse total vive no Líbano. 'Mais que nunca, a unidade dos libaneses é necessária ante a tentativa permanente de obrigar o Líbano a aceitar o que já rejeitou e seguirá rejeitando, particularmente pelos compromissos em separado que já debilitaram a posiçao árabe e nada trouxeram', afirmou.

O Conselho de Defesa estudou, além disso, as últimas ameaças de represálias israelenses contra o Líbano e os tiros israelenses desta segunda-feira contra o território libanês que vieram das fazendas de Chebaa, um território ocupado por Israel em 1967 e reivindicado pelo Líbano.