Faltando cinco dias para o segundo turno das eleições municipais em Santo André, o candidato Aidan Ravin (PTB) pôde enfim contar com o apoio de lideranças políticas do Grande ABC e de São Paulo. "Vai virar, está virando, já virou." Foi com essa frase que o prefeito reeleito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), definiu o clima do ato político na noite de ontem.

Puxados pelo presidente estadual do PTB e deputado estadual, Campos Machado, políticos subiram no pequeno palco do Ocara Clube de Santo André para apoiar a candidatura. "Quando ninguém acreditava no Aidan, insisti. Não permiti que fosse feita uma coligação (com o PSDB). Acreditei nele e acredito hoje. Ele vai ser o prefeito de Santo André", afirmou Campos Machado.

A chegada do reforço nesta última semana de campanha não foi considerada tardia pelo petebista. "Campos Machado sempre me apoiou, só não esteve aqui. Não é a foto que vai ganhar a campanha."

O otimismo e a crença de que o empate técnico na pesquisa Diário/Ibope - que mostra Vanderlei Siraque (PT) com 45% das intenções de voto e Aidan com 38% - foi o discurso utilizado por Clóvis Volpi, pelo vice-prefeito de São Caetano, Walter Figueira Júnior, e pelo vice-presidente da Assembléia Legislativa, Waldir Agnello (PTB) para incentivar militantes a pedir votos. "Precisamos que vocês não cansem e continuem pedindo votos. É importante que vocês dêem o melhor de si para que esse sonho se torne realidade", afirmou o vice-presidente do Legislativo paulista.

Antes de passar a palavra para o prefeiturável, Campos Machado pediu para que todos os presentes erguessem as mãos e repetisse: "Ninguém segura o Aidan". Em seu pronunciamento, disse representar a mudança. "Eleição não se ganha falando que está na frente, nem com dinheiro. Se ganha no voto. Meu adversário saiu no primeiro turno com 48,9% dos votos. Eu saí com 21,7% e cheguei a 50%. O sentimento de crescimento do meu apoio está provado na pesquisa."

Para o petebista essa é a hora de seu adversário ficar preocupado. "A onda do Dr. Aidan está tomando conta da cidade." Ele acredita que a intensificação dos ataques feitos por Siraque são "resultado do desespero de quem achou que fosse ganhar a eleição". No entanto, Aidan promete não responder. "Essa não é a maneira certa de vencer as eleições."

Também estiveram presentes o líder do governo na Camara de São Paulo, José Police Neto, o Netinho (PSDB), e o deputado federal Walter Shindi Iihoshi (DEM). "Deveríamos estar fazendo campanha em São Paulo, mas não podíamos perder essa oportunidade de ajudar nosso amigo Aidan a mudar Santo André", comentou Iihoshi.