Cultura & Lazer Titulo Respeitável público
O circo não pode parar

Março é mês circense e o Vostok convida público
da região para apoiar a arte e curtir o espetáculo

Vanessa Ratti
Especial para o Diário
13/03/2016 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Quem não se lembra do circo quando criança? Bastava ouvir: ‘Respeitável público, o show vai começar’, que, rapidamente, os olhos se viravam para o centro do picadeiro. Hoje – mesmo com o dia do circo se aproximando (27) – não há tantos motivos para comemorar. Com plateias quase vazias, uma das artes mais antigas da humanidade está sendo deixada um pouco de lado.

Toda esta turbulência também afeta o Circo Vostok (Av. Ramiro Coleone, 337), que vai ficar em Santo André até dia 5. A comitiva volta a São Paulo depois de 20 anos percorrendo a América do Sul e outros Estados brasileiros. “O que todo mundo corta em momento financeiro difícil é o lazer. Somos empresa comum, dependemos de bilheteria e venda de produtos durante os espetáculos”, conta o diretor de marketing do Vostok, Denil Diório, 40 anos. Assim como ele, que começou na área aos 15 anos, as famílias envolvidas nesta realidade são quase sempre tradicionais da arte. “Tivemos que cortar metade dos funcionários (hoje eles contam com 60 artistas) e diminuir os preços dos ingressos. Isto dói, mas não vamos parar”, completa.

Com capacidade para comportar 1.000 pessoas, o local tem recebido cerca de cem espectadores nos últimos fins de semana. Os artistas vão se virando como podem, apesar da ‘crise’. “Ainda que exista só uma pessoa no picadeiro, vamos trabalhar felizes”, garante.

ATRAÇÕES
Os circos tradicionais, como o Vostok, mantém os números famosos com apresentações de malabaristas, equilibristas, palhaços e trapezistas. Mas a grande pérola da atração fica por conta das nove motos do Globo da Morte. “A gente faz isso porque ama, apesar dos riscos”, comenta um dos integrantes do show, o gaúcho Jolivan Bolvani.

Outro ponto forte é a facilidade que o circo tem de se renovar. Crianças e adolescentes que vivem no meio artístico querem seguir os passos dos pais. É o caso dos palhaços chilenos Lagrimiça e Tititi, pai e filho, que se encarregam de alegrar o público. “Enquanto houve o sorriso no rosto de uma criança o circo existirá”, conclui Denil Diório.

VOSTOK – Circo. Na Avenida Ramiro Coleone, 337, Santo André. De terça a sexta, às 20h30. Sábado e domingo, às 16h, 18h e 20h30. Ingressos: R$ 20.




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