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Bonome já cogita abrir posto de vice para o PV
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
09/02/2012 | 07:28
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André Henriques/DGABC


Em encontro ontem com a executiva municipal do PV, o pré-candidato do PMDB à Prefeitura de Santo André, Nilson Bonome, já cogitou abrir o posto de vice ao eventual aliado na eleição de outubro. Dissidente do governo Aidan Ravin (PTB), no qual atuou por três anos, o peemedebista assegurou que "é possível" dialogar nesse prisma para garantir participação mais efetiva dos verdes. Com discurso de formar um governo de coalizão , ele mostrou o provável slogan da campanha eleitoral: "Santo André pode mais".

Bonome avalia que a conversa "positiva" com o presidente do diretório, Eric Lamarca, e o integrante da executiva de São Paulo, Edson Chocolate, contribuiu para a possibilidade de caminharem juntos. O ex-secretário de Gabinete da Prefeitura afirma que o conjunto de ideias dos verdes, em parceria com os "quadros competentes" do partido, agregaria num projeto de futuro para a cidade. "Está sendo gratificante o avanço do diálogo. O PV tem várias ações que acreditamos ser interessantes, como a criação da Secretaria de Meio Ambiente. Vemos horizonte, inclusive no vice."

O dirigente do PV avalia que a candidatura própria do PMDB ampliou o leque de opções de qualidade para o eleitor de Santo André, o que tende a ser benéfico para a democracia. "Pelo cenário atual, seria falácia dizer que a eleição vai acabar sendo plebiscitária (entre PT e PTB, que há 30 anos alternam no poder do Paço)." Eric disse que vê "chance de união" especialmente pela composição do vice. "Senti essa abertura da parte do Bonome. Isso ajuda na composição", disse ele, sem descartar totalmente voo solo verde, apesar de admitir complicações. "Estipulamos até o fim de março como limite para fecharmos essa decisão."

Os verdes possuem diálogo adiantado com PT, legenda que apoiaram na eleição de 2004 e 2008 quando era comandante do Executivo. Eric ocupou cargo de diretor de Trânsito durante o governo João Avamileno (PT). Porém, após a derrota do governista Vanderlei Siraque no último pleito municipal, o partido migrou para a base de sustentação de Aidan. Edson justifica que o descontentamento com o governo se deve ao desrespeito do Paço com as siglas aliadas. "Para o Aidan partido não tem valor nenhum. Isso é um pecado, um problema dele mesmo. Não há participação no governo. O PV tem cargo no quarto escalão, sem poder de executar projeto."

 

SEM FUMAÇA

A empreitada própria do PMDB, segundo Bonome, está consolidada na cidade. Segundo ele, o passo não foi definido para projetar ser vice de outro partido. "Se houver qualquer alteração na candidatura para indicação de vice do PT ou PTB, garanto que o nome não será o meu. Não sou vice de ninguém. Já decidi que sou candidato a prefeito ou não disputo a eleição", alega ele, descartando a hipótese de prévia, apoiada pelos vereadores. "O diretório estadual já deliberou que não vai existir disputa interna."




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