Economia Titulo Pesquisa
Paulista perde espaço na renda do trabalho nacional

São Paulo representa R$ 57 de cada R$ 200 gerados no País

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
09/02/2012 | 07:21
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A cada R$ 200 gerados por rendimento do trabalho no País, R$ 100 pertencem à região Sudeste. Apenas São Paulo representa 28,5% do total nacional, e 57% do valor regional, portanto R$ 57. A constatação é do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que apresentou, ontem, o levantamento Evolução da Parcela do Rendimento do Trabalho Durante a Recente Estabilidade Monetária.

Os dados são referentes a 2009. Mas a pesquisa do Ipea abrange o período até 1995, quando teve início a estabilidade monetária, resultado do Plano Real. E naquele ano, São Paulo gerava R$ 69 de cada R$ 200 da renda de trabalho no País. O Sudeste era responsável por R$ 113.

São Paulo perdeu participação na renda total nacional gerada pelo trabalho, mas na avaliação do presidente do Ipea, Márcio Pochmann, essa queda é vista como resultado positivo à economia nacional. "Isso proporcionou redução do grau de desigualdade de renda do trabalho entre as regiões", explicou.

Maior renda nas mãos dos trabalhadores de outros Estados e menor diferença em comparação com os pagamentos de São Paulo resultou em melhora socioeconômica ao País. "No passado, o Brasil era uma locomotiva puxada pelo Sudeste, por São Paulo. Agora não é mais. Temos uma grande descentralização econômica no Brasil", avaliou Pochmann.

Mesmo com a redução na participação, São Paulo ainda continua a frente dos demais Estados. O Rio de Janeiro, dono da segunda maior participação no total de renda do trabalho, gera R$ 20,8 a cada R$ 200 do País. Roraima, por exemplo, ficou em último da lista com R$ 0,40.

DIFERENÇA - O presidente do Ipea explicou que a pesquisa considera como rendimento do trabalho os ganhos de empregados, de trabalhadores por conta própria, informais e até as retiradas dos empregadores.

Para diferenciar essa renda de outras, Pochmann classificou as modalidades que não são consideradas na pesquisa, com aluguéis de imóveis, lucros sobre operações financeiras ou participação em empresas e juros.

EXPLICAÇÕES - Ele concluiu a apresentação da pesquisa com sua avaliação sobre os fatores que impulsionaram a queda da desigualdade de renda no País. "A participação dos salários é resultado da expansão da ocupação dos trabalhadores e do rendimento."




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