Política Titulo
PV lamenta dissolução de executiva
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
20/06/2011 | 07:32
Compartilhar notícia
Marina Brandão/DGABC


O clima é de apreensão entre as lideranças do PV do Grande ABC quanto aos rumos da sigla na região, após destituição do diretório estadual pela direção nacional do partido, presidida pelo deputado federal José Luiz Penna há 12 anos.

O presidente estadual destituído do PV Maurício Brusadin afirmou que embora os 39 integrantes do diretório tenham sido destituídos, o problema foi pessoal. "O recado do Penna foi para mim. Os outros 38 deverão ser reconduzidos na nova executiva."

O impasse é que Brusadin tem levantado bandeira junto com a ex-presidenciável Marina Silva para que o PV adote linha mais democrática elegendo suas lideranças em vez de manter o sistema de nomeação. "Em São Paulo avançamos e incomodou, pois queremos fazer isso no Brasil."

Brusadin disse que Penna mandou ofício para o Tribunal Superior Eleitoral sem aval da executiva nacional mudando a data do mandato do diretório. "Ele inventou papel e no dia 14 cancelou a executiva. Meu mandato era de dois anos, até março de 2012. Pedi para encaminharem a ata da reunião nacional."

O vereador e presidente do PV de Santo André, Donizeti Pereira disse que com a situação instalada e o acirramento dos ânimos divulgados na imprensa, a sigla deve fazer lição de casa. "Não acho que ninguém sairá do partido. A disputa interna é normal. O partido cresceu e cada grupo está defendendo seu ponto de vista."

A deputada estadual e ex-presidente da executiva estadual, Regina Gonçalves se ateve a comentar que "lamenta que os fatos estejam sendo distorcidos por ambas as partes", referindo-se aos diretórios nacional e estadual.

O vereador de Diadema Albino Cardoso ponderou "que o partido está rachando entre aspas." Para ele, a opinião de Marina deveria ser respeitada e o processo de eleição interna prevalecer. "Acredito que teremos uma solução a médio prazo. Espero que haja consenso no grupo."

Para o secretário de Meio Ambiente de São Caetano, Osvaldo Ceoldo, cotado para assumir o comando do PV de Mauá, a saída de Brusadin foi consequência do desconforto de Marina com a direção nacional. "O Brasil não deveria ter partido provisório. É precariedade ter sucessão de presidente estadual e nacional. O partido político deveria acompanhar os princípios da eleição. O presidente da República, o cargo máximo, só pode ter dois mandatos."




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;