Um prédio de 12 andares desabou, matando pelo menos cinco pessoas, nesta segunda-feira, em Alexandria, no Egito, indicou uma fonte dos serviços egípcios de segurança, acrescentando que o número de vítimas ainda pode aumentar muito.

Ambulâncias e equipes do serviço de segurança civil enviadas ao local do acidente, no bairro de Loran, zona leste da cidade portuária, deram início às operações de resgate, destacou a fonte.

Os corpos de dois homens, duas mulheres e uma menina de quatro anos foram retirados dos escombros, mas os socorristas prevêem um "grande número de vítimas", acrescentou, indicando que quatro feridos foram retirados da área.

Segundo esta fonte, entre 40 e 50 pessoas moravam neste imóvel, mas muitas delas já tinham saído para o trabalho ou para a escola quando o acidente aconteceu.

As autoridades locais haviam ordenado em 1993 a destruição dos dois últimos andares do prédio, que não respeitavam as regulamentações de construção, mas esta ordem nunca foi obedecida, contou.

O prefeito da cidade, Adel Labib, citado pela agência Mena, explicou que operários que trabalhavam nas obras de restauração do primeiro andar tinham visto o prédio pender para um lado antes de desabar. Labib esvaziou os dois imóveis vizinhos, que também foram afetados.

As causas do desabamento ainda não foram identificadas, mas este tipo de acidente é freqüente no Egito em razão do desrespeito à legislação de construção e reforma de imóveis.

Em maio, dois operários morreram no desabamento de um imóvel que estava sendo reformado num bairro popular do Cairo. Em outubro de 2006, o desabamento de um prédio de quatro andares deixou sete mortos em Mansura, no delta do Nilo.

Um ano antes, 19 pessoas, entre elas duas crianças, morreram e 17 foram feridas no desabamento de um imóvel de seis andares em Alexandria. Três andares do imóvel haviam sido construídos no prédio de origem.

O acidente recente mais grave aconteceu em 26 de fevereiro de 2002 em Damiette (norte): 27 pessoas morreram.