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Renan Calheiros é absolvido e continua na presidência do Senado
Do Diário OnLine
12/09/2007 | 17:48
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Após um julgamento que durou mais de cinco horas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi absolvido nesta quarta-feira pelo plenário da Casa da acusação de que teve contas pessoais pagas pela Construtora Mendes Júnior – no caso a pensão de uma filha que teve em um relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso.

Na sessão secreta, 40 senadores votaram a favor da absolvição do peemedebista, 35 votaram pela cassação e outros seis se abstiveram. A votação também foi fechada, ou seja, os parlamentares não tiveram que revelar se votaram a favor ou contra o peemedebista.

Com isso, Renan continua na presidência do Senado e os outros três processos contra ele continuam tramitando no Congresso Nacional. Dois já estão no Conselho de Ética e outro ainda será encaminhado pela Mesa Diretora do Senado.

Na semana passada, o Conselho de Ética do Senado havia aprovado a cassação de Renan e por isso o processo foi submetido ao plenário. Na ocasião, os membros do colegiado aprovaram o relatório produzido por Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), que recomendavam que Renan perdesse seu mandato por quebra de decoro.

No relatório final sobre o caso, eles apontavam oito razões para Renan Calheiros ser cassado. Mesmo assim, ele acabou sendo inocentado. “O Senado foi derrotado com esta decisão”, assinalou Demóstenes Torres (DEM-GO) após o julgamento.

Confusão – A sessão no plenário do Senado começou por volta das 11h20 desta quarta-feira, depois de muita confusão, pois os seguranças não haviam sido informados sobre a autorização especial concedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) aos deputados para que eles pudessem assistir à sessão. Com isso, eles tentaram impedir a entrada dos parlamentares.

Os primeiros a tentarem a entrar a força no plenário do Senado foram Raul Jungmann (PPS-PE) e Fernando Gabeira (PV-RJ), que trocaram socos com os seguranças. No meio da confusão, Gabeira ainda acertou sem querer um soco no vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), que tentava apartar a briga. Depois disso, o deputado do PV pediu desculpas ao colega.

Após a confusão, Viana, que comanda a sessão, autorizou a entrada de qualquer deputado no Senado, e não só dos 13 que haviam recebido autorização especial da Suprema Corte.

Mais processos –
Agora, fica em foco no Conselho de Ética do Senado o processo em que Renan Calheiros é acusado de ter revertido uma dívida de R$ 100 milhões da Schincariol com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e a Receita Federal. Em troca, a cervejaria teria comprado uma fábrica do seu irmão, o deputado federal Olavo Calheiros (PMDB-AL), acima do preço de mercado. O relator deste caso no colegiado é João Pedro (PT-AM).

Nos outros dois processos, que ainda devem ser analisado pelo Conselho, Renan é suspeito de ter utilizado ‘laranjas’ para comprar meios de comunicação em alagoas e de ter participado de um esquema de arrecadação de recursos em ministérios comandados pelo PMDB.

Veja no link abaixo a lista completa dos senadores:

http://www.senado.gov.br/sf/senadores/senadores_atual.asp



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