A reação do governo do Rio de Janeiro ao ataque de traficantes contra o trem em que viajavam nesta segunda-feira o ministro das Cidades, Márcio Fortes, e o dos Portos, Pedro Brito, foi rápida.

No início da tarde, ao mesmo tempo em que o governador Sergio Cabral divulgava uma nota condenando o ato e determinando uma reação enérgica, cerca de 100 policiais civis e militares cercaram a favela do Jacarezinho, na zona Norte da cidade.

A operação contou com policiais de unidades de elite, como o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e agentes da CORE (Coordenadoria de Recursos Especiais). Eles tiveram o apoio de quatro veículos blindados, popularmente chamados de Caveirão.

De acordo com a Polícia Militar, um suposto traficante foi morto e foram apreendidos um fuzil, uma pistola e três granadas. Três suspeitos acabaram presos e levados para prestar depoimento.

A operação foi suspensa no final da tarde, por causa do grande número de pessoas nas ruas e de crianças voltando das escolas, o que aumentaria o risco de casos de balas perdidas.

O trem com os ministros - que estavam acompanhados do secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes - foi alvejado e atacado por pedras por volta das 10 horas. O veículo voltava de uma inspeção às obras de revitalização do acesso ferroviário ao Porto do Rio de Janeiro. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.