A ONU (Organização das Nações Unidas) apresentou nesta segunda-feira o balanço da primeira metade do prazo para o cumprimento dos Objetivos do Milênio, indicando alguns "sinais animadores" do avanço no combate à fome e à pobreza, mas admitindo também que ainda há muito a ser feito, em particular na África Subsaariana.
Entre os indicadores positivos, o relatório da ONU citou redução da pobreza na Ásia, melhor freqüência nas escolas primárias, redução da mortalidade infantil, lenta e tímida promoção da mulher no mercado de trabalho, desaceleração do desmatamento e avanços nos âmbitos políticos.
Os oito Objetivos do Milênio fixados pela ONU em 2000 visam sobretudo reduzir à metade até 2015 (com relação aos anos 90) o número de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia e das que passam fome. Trata-se também de colocar na escola primária 115 milhões de crianças, de lutar com mais eficácia contra as doenças infecciosas com um aumento importante da ajuda pública ao desenvolvimento.
"Os desafios que representam estas metas são enormes", destacou o secretário-geral adjunto da ONU Jose Antonio Ocampo. "Mas há claramente sinais encorajadores". "Resta-nos um longo caminho a percorrer para cumprir as promessas feitas às gerações atuais e futuras", advertiu.
Assim, a parcela da população do terceiro mundo que vive com menos de um dólar por dia passou de 27,9% em 1990 a 19,4% em 2002 (última estatística disponível), constatou o relatório da ONU.
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