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Setor plástico busca competitividade
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
13/04/2008 | 07:08
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A indústria brasileira do plástico enfrenta diversos desafios para aproveitar melhor seu potencial de crescimento e para não ficar para trás em relação a essa atividade industrial em outros países.

É o que afirma um estudo do Decomtec (Departamento de Competitividade e Tecnologia) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

O documento aponta que a cadeia produtiva precisa, por exemplo, utilizar melhor a estrutura de custos de um País que é auto-suficiente em petróleo, reduzir a volatilidade (altos e baixos) dos preços internos, tornar mais ágeis mecanismos de defesa comercial desenvolver programas de capacitação gerencial e consolidar as empresas (por meio de processos de fusão ou aquisição).

Para o diretor do Decomtec, José Ricardo Roriz Coelho, a questão da busca da competitividade do segmento é um tema importante para o futuro do País. “É um dos setores que mais gera emprego na cadeia de transformação industrial e que tem faturamento superior a R$ 40 bilhões ao ano”, disse. E a atividade tem presença marcante no Grande ABC (são mais de 500 fabricantes, que geram cerca de 18 mil empregos).

Coelho destaca no estudo que existe potencial que, no entanto, precisa ser aproveitado. O País tem baixo consumo per capita de itens com essa matéria-prima (26 kg por habitante) na comparação com outros mercados, e tornou-se recentemente auto-suficiente em petróleo, além de ter etanol em abundância (que pode ser utilizado para a fabricação de plástico).

O segmento vem em ascensão neste ano, por conta do aquecimento do mercado interno, que tem impulsionado as vendas de veículos e eletroeletrônicos.

A produção cresceu 11% no acumulado deste ano até fevereiro ante igual período do ano passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No entanto, segundo o dirigente, é preciso desenvolver um modelo que, além de ser eficiente no mercado interno, também possa disputar com sucesso os mercados internacionais.

Uma das perspectivas, dentro de alguns anos, são projetos de indústrias petroquímicas no Oriente Médio, que devem direcionar resinas a baixo custo para a Ásia (especialmente a China), para serem transformadas (em utensílios, autopeças e outros itens).

Competição - A presença dos produtos chineses no País não pára de crescer. O trabalho da Fiesp mostra que, além do déficit comercial crescente (importações maiores que exportações), a China passou de uma participação de 2% entre os itens de plástico importados no ano 2000 para 11% em 2007.



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