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Ação de superfaturamento cita Harada
Clébio Cantares
Do Diário do Grande ABC
15/08/2009 | 08:44
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O presidente da Comissão de Concursos de Projetos para Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) da Secretaria de Saúde em Santo André, William Sérgio Maekawa Harada, nomeado em 27 de julho, é citado em ação contra a prefeitura de Poá, acusada de superfaturamento na compra de ambulâncias. Harada exerceu os cargos de secretário de Administração e de Finanças durante o governo de Roberto Marques (PTB), entre 2005 e 2008.

Segundo o ex-secretário, seu nome consta no processo, mas não como réu. "Não existe nada relacionado à minha pessoa. Fiz parte do governo e existia uma verba federal desde 2004 para compra de uma ambulância. A verba já vinha da gestão anterior e, pelas pressões políticas que sofremos, fizemos a compra do veículo por um valor entre R$ 60 e R$ 80 mil, não lembro exatamente. Tudo isso ocorreu na época das investigações da Máfia das Ambulâncias, por isso, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar", explicou.

Harada afirmou que a aquisição respeitou todos os trâmites legais. "Fizemos a compra por meio de pregão presencial. As investigações ocorreram para averiguar se a verba era viciada. Nove colaboradores da gestão foram intimados a depor, inclusive eu. Para não expor o ex-prefeito, os advogados foram contratados em meu nome. Eles garantiram que não estou como acusado", destacou.

Citado em sites da Polícia Civil de outros Estados, como o de Goiás, o ex-secretário justificou que um órgão copiou informações do outro. "Vou verificar o processo para tirar as dúvidas do que se trata e depois acionar esses sites. Não tem motivo para meu nome constar como acusado. Estou tranquilo sobre isso", enfatizou Harada. O ex-prefeito de Poá não foi localizado. A Prefeitura de Santo André não quis comentar o caso.

INVESTIGAÇÕES - Deflagrada pela Polícia Federal em 2006, a Operação Sanguessuga (Máfia das Ambulâncias) prendeu assessores e servidores públicos acusados de utilizar R$ 110 milhões na compra de ambulâncias superfaturadas. A empresa Planam, com sede no Mato Grosso, segundo a polícia, superfaturava o valor dos veículos em até 110%. Mais de 90 parlamentares foram denunciados no esquema. Após investigação, a CPI inocentou 18 e pediu a abertura de processo de cassação contra 72, sendo três senadores e 69 deputados.




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